A puberdade é a fase da vida em que ocorrem transformações no corpo de uma criança, preparando-a para a fase adulta. Quando o início dessas mudanças corporais e a maturação sexual ocorrem antes dos 8 anos nas meninas e antes dos 9 anos nos meninos, esse quadro é chamado de puberdade precoce. O diagnóstico é principalmente clínico e a criança deve ser avaliada por um endocrinologista pediátrico.
Segundo a endocrinologista Fernanda André, há alguns exames que auxiliam o diagnóstico da puberdade precoce: “Pode-se solicitar a avaliação de hormônios sexuais no exame de sangue, teste de estímulo com leuprorrelina (que ajuda a diferenciar causas centrais de periféricas), ultrassonografia pélvica nas meninas, radiografia de mãos e punhos para avaliar idade óssea, entre outros exames, dependendo da causa e da gravidade do caso”.
Quais são as causas da puberdade precoce?
A médica explica que a condição pode ocorrer por uma exposição a algum hormônio ou porque os ovários ou testículos passaram a produzir os hormônios sexuais antes do tempo considerado normal, seja por estímulo dos próprios órgãos sexuais, na chamada puberdade precoce periférica, ou por estímulo do sistema nervoso central, na puberdade precoce central.
“Na puberdade dita central, há causas genéticas, idiopáticas (quando não se sabe a causa), além de tumores e a irradiação do sistema nervoso central. Já na puberdade precoce periférica, temos o hipotireoidismo primário prolongado, hiperplasia adrenal congênita, tumores que produzem gonadotrofina coriônica, cistos ovarianos e tumores testiculares, ovarianos e adrenais”, cita a especialista.
Entenda como é o tratamento
O tratamento pode variar dependendo da causa. Na puberdade precoce central, são indicadas injeções de um hormônio que regride a puberdade, com aplicações feitas mensalmente ou a cada três meses. A medicação é mantida em média até os 12 anos de idade óssea e quando a criança encontra-se em idade normal para a puberdade, quando então, é suspensa e o corpo pode se desenvolver corretamente. Alguns casos também podem envolver cirurgia para remoção da causa e, em outros, é recomendado apenas um acompanhamento médico.
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