O cateterismo é um exame feito por um cardiologista, especialista em Hemodinâmica. Seu objetivo é diagnóstico e terapêutico, o que varia conforme a condição clínica do doente. Ou seja, pode servir tanto para diagnosticar obstruções nas artérias do coração quanto para tratar esses vasos sanguíneos, caso seja necessário.
Paciente pode acompanhar o cateterismo acordado
O exame pode ser feito com urgência ou de maneira programada: “De forma geral, na urgência, indica-se o exame na suspeita ou na confirmação de um infarto do miocárdio. Já de forma programada, o cateterismo é realizado se há algum tipo de suspeita de doença arterial coronariana ou durante a avaliação para alguns tipos de cirurgias cardíacas”, informa o cardiologista Thiago Marques Mendes.
“Usa-se um cateter, um tubo flexível muito fino, que percorre o trajeto vascular até o coração. Uma vez localizado este órgão, o profissional consegue saber exatamente o que ocorre com os vasos do coração”, afirma o especialista. Em boa parte dos casos, o paciente consegue acompanhar as imagens de raio X do exame em tempo real, por meio de uma tela, enquanto permanece deitado e em repouso absoluto.
Cateterismo é um exame invasivo e oferece riscos
O exame, em geral, é feito rapidamente, durando de 30 a 60 minutos. Entretanto, é considerado essencialmente invasivo e, portanto, existem alguns riscos à saúde do paciente. Durante a realização do cateterismo, o paciente pode apresentar lesão vascular e sangramentos e sofrer um acidente vascular encefálico, o AVC. O risco estimado de complicações, no entanto, não ultrapassa 1%.
Quando o cateterismo chega ao fim, o cardiologista irá retirar o cateter e impedir que haja sangramento no local, seja fazendo uma sutura ou pressão. Nos casos confirmados de infarto e doença arterial coronariana, pode ser realizada a angioplastia, um procedimento que insere balões ou stents na artéria que está com problemas para melhorar e manter um fluxo de sangue adequado.
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