Feridas na pele de fundo avermelhado com vesículas agrupadas sobrepostas e que depois se rompem são os principais sintomas do herpes. “O herpes simples é uma dermatovirose crônica. Pode se apresentar na região genital, causada principalmente pela cepa HSV-2 , ou extragenital, sendo a boca o local mais comum, causada pelo HSV-1”, afirma a dermatologista Gabriela Itimura. Mas, é possível transmitir a doença sem a manifestação desses sintomas?
Herpes provoca feridas, dor e ardência na pele
Segundo a especialista, no período de ausência de lesões, o vírus está latente no tecido nervoso e não é transmitido. No entanto, além das feridas, o herpes provoca outros sintomas, menos detectáveis. “Há ardência e dor local. É nessa fase que ele é contagioso e pode ser confundido com candidíase, herpes zoster e pênfigo”, alerta a médica.
Na primeira vez que surgem, os sintomas são mais intensos e o paciente pode apresentar até mesmo febre. O contato com o HSV-1 pode se dar logo na infância, enquanto a transmissão do HSV-2, por ser uma doença sexualmente transmissível, acontece geralmente a partir da adolescência, com o início da vida sexual.
Medicações antivirais combatem o vírus do herpes
Em alguns casos leves, as lesões tendem a desaparecer sozinhas, mas em outros, mais graves ou com episódios de crise mais demorados, é necessário intervir. Entre as opções de tratamento estão o uso de medicações antivirais – classe de remédios que age especificamente contra vírus, com diversos tipos de ações -, suplementação de lisina e produtos de uso tópico para diminuir o incômodo provocado pelas lesões.
É preciso se cuidar, no geral, já que a infecção é crônica e o vírus pode voltar a provocar sintomas no mesmo paciente. Por outro lado, Gabriela traz uma boa notícia: “Vacinas estão em fase avançada de estudo, sendo uma perspectiva para as pessoas que sofrem com as lesões recidivantes”, afirma a médica. Por enquanto, evitar o estresse, a exposição exagerada ao sol e a baixa imunidade, além de uma dieta rica em lisina, são algumas das formas de evitar que os sintomas reapareçam.
Como melhorar a imunidade e prevenir o reaparecimento da infecção?
Para reforçar a imunidade, evitar o aparecimento dos sintomas do herpes e melhorar a resposta do organismo a outras infecções, como a causada pelo novo coronavírus (COVID-19), algumas ações são importantes.
É necessário, por exemplo, manter uma alimentação balanceada e rica em ferro, zinco, selênio e nas vitaminas A, D e E. O ferro pode ser encontrado em boas quantidades no feijão, na couve, no espinafre e no agrião, enquanto o selênio está na composição do frango, da gema do ovo e da castanha-do-pará e o zinco em alimentos de origem animal, no gérmen do trigo e grãos integrais.
A vitamina A, por sua vez, está presente em alimentos de cor laranja, como a cenoura e o mamão, enquanto a vitamina E é encontrada na semente do girassol, no abacate, na manga, em nozes e amêndoas. Já a vitamina D é sintetizada em grande parte a partir do contato direto com a luz solar, mas alimentos de origem animal também são fontes. É o caso de carnes, ovos e do leite.
Praticar exercícios físicos também ajuda a melhorar a imunidade. Durante o período de quarentena, dê preferência aos que podem ser praticados dentro de casa, como pilates, flexões, abdominais, agachamentos e levantamento de peso. Além disso, é fundamental fazer corretamente o tratamento de outros problemas de saúde e cuidar da saúde mental.
Quando pensar em COVID-19?
A COVID-19 é uma doença causada por um tipo de coronavírus conhecido como SARS-CoV-2, que apresenta principalmente sintomas respiratórios muitas vezes semelhantes a quadros gripais.
Os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca, sendo que alguns pacientes podem ter dores no corpo, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia. Em alguns casos também pode causar tosse com catarro. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente.
O sintoma mais importante que deve fazer os pacientes procurarem um serviço de saúde é a falta de ar ou dificuldade de respirar, que pode significar uma piora do quadro pulmonar.
Referências:
- Wei-jie Guan et al. Comorbidity and its impact on 1,590 patients with COVID-19 in China: A Nationwide Analysis. MedRxiv 2020.
- Ministério da Saúde. https://www.saude.gov.br/o-ministro/746-saude-de-a-a-z/46490-novo-coronavirus-o-que-e-causas-sintomas-tratamento-e-prevencao-3 acessado em 13/04/2020.