Os meses de outono e inverno são marcados pelas baixas temperaturas e pelo ar mais seco, características que tornam as diversas doenças respiratórias, como asma, gripe e resfriado, mais frequentes. Para quem não conseguiu se prevenir, há ainda uma outra má notícia: o clima frio também acaba dificultando a recuperação do corpo.
Clima frio pode irritar os pulmões e piorar a falta de ar
“A exposição a baixas temperaturas provoca algumas alterações físicas que podem tornar mais difícil a recuperação de uma doença respiratória ou podem levar à piora de doenças respiratórias preexistentes. O ar frio e seco tem um efeito irritativo para os pulmões, piorando a tosse e a falta de ar e aumentando a produção de muco”, afirma a pneumologista Flávia Salame.
Além disso, as temperaturas muito frias podem também aumentar a pressão arterial e piorar o quadro de doenças cardiovasculares. “Os vasos sanguíneos ficam mais contraídos, aumentando o trabalho cardíaco e alterando o padrão respiratório. Inicialmente, há uma hiperventilação, seguida por uma queda acentuada da frequência respiratória se a exposição a baixas temperaturas se manter”, alerta a profissional.
Evitar contato com a fumaça do cigarro evita doenças respiratórias
Algumas medidas podem ser tomadas para cuidar da imunidade, manter os pulmões mais saudáveis e acelerar a recuperação do sistema respiratório nas estações frias. “Não queime lenha em fogões ou lareiras para evitar o acúmulo de fumaça, evite o uso de cigarros e bebidas alcoólicas, mantenha-se hidratado, prefira alimentos e bebidas quentes e, se o tempo estiver ruim, mude sua programação para evitá-lo quando possível”, recomenda a especialista.
Ao precisar sair no clima frio, é importante usar roupas que aqueçam o corpo de forma adequada. Flávia aconselha ainda a usar um cachecol para cobrir o nariz e a boca e respirar pelo nariz para aquecer o ar antes de levá-lo aos pulmões. Outras recomendações são continuar o consumo dos medicamentos normalmente e praticar exercícios físicos, o que ajuda a manter o corpo aquecido e a melhorar a circulação sanguínea, além de fortalecer a saúde dos pulmões.
Dra. Flávia Salame é pneumologista e mestre em Doenças Tropicais e Infecciosas, graduada pela Universidade Federal do Pará e atua em Manaus (AM). CRM-AM: 7921 – Site oficial
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