A asma é uma das doenças respiratórias mais comuns em todo o mundo. Trata-se de uma inflamação crônica dos brônquios que atrapalha a da passagem de ar para os pulmões, causando tosse, falta de ar, produção de muco, chiado e aperto no peito. Segundo o Ministério da Saúde, um dos principais agentes causadores das crises de asma são as infecções respiratórias, mas será que a situação oposta também acontece? Será que a asma facilita infecções, como gripes, resfriados e a COVID-19?
Novo coronavírus pode ter efeitos mais graves em quem tem doenças respiratórias
Pacientes asmáticos têm as mesmas chances de contrair uma infecção respiratória que pessoas saudáveis, mas neles, os efeitos podem ser mais graves. De acordo com o pneumologista Ciro Kirchenchtejn, os pacientes com asma já apresentam um processo inflamatório e, por isso, as infecções respiratórias podem gerar maiores complicações. “Ao desenvolver infecções respiratórias, como a gripe ou a COVID-19, os asmáticos, se não bem controlados, podem ter quadros mais graves, uma vez que se somam os efeitos das duas doenças”, explica o médico.
Dessa forma, é fundamental que as pessoas com asma se protejam, principalmente contra o novo coronavírus. Neste momento, o Ministério da Saúde recomenda permanecer em casa, em isolamento social, lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%, cobrir a boca ao tossir e espirrar, evitar abraços e beijos e usar máscaras de proteção ao sair de casa.
Além disso, é fundamental manter a asma controlada. “O melhor que o portador de asma pode fazer para se proteger é afastar-se da fumaça do cigarro, deixar o ambiente de casa sem mofo e poeira, controlar doenças associadas que podem piorar a asma, como a rinite e o refluxo gastroesofágico, manter a vacinação em dia e usar a medicação, seguindo a orientação do médico”, recomenda o especialista.
Como é feito o tratamento para asma?
Além de evitar o contato com os agentes desencadeadores de crises, o tratamento envolve ainda o uso de medicamentos broncodilatadores e corticosteroides de uso contínuo, que controlam a obstrução dos brônquios e evitam que as reações aos agentes irritantes aconteçam. Dessa maneira, o quadro de sensibilidade e de inflamação diminui
O acompanhamento médico também é fundamental para avaliar a evolução da doença e prevenir problemas decorrentes de uma asma não controlada. “Asmáticos que precisam usar medicação de resgate mais que duas vezes por semana, que acordam de noite por sintomas respiratórios ou que tem tosse e chiado mais que três vezes por semana devem procurar orientação médica”, alerta o pneumologista.
Dados do Ministério da Saúde: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/258_asma.html
https://coronavirus.saude.gov.br/sobre-a-doenca#como-se-proteger
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