A hipertensão é uma doença crônica que afeta cerca de 30% da população brasileira acima dos 20 anos de idade, cerca de 50% das pessoas entre 60 e 69 anos e 75% acima dos 70 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Para facilitar o controle da doença, quem recebe o diagnóstico deve começar logo o tratamento, que inclui não só medicações, mas também mudanças importantes na rotina.
Alimentação saudável é parte do tratamento da hipertensão
O primeiro passo é introduzir algumas melhorias na alimentação, como explica a cardiologista Ana Catarina de Medeiros Periotto: “É muito importante reduzir o sal, evitar temperos prontos, embutidos, enlatados, alimentos em conserva de sal, fast food, biscoitos, salgadinhos e refrigerantes”. O hipertenso deve dar preferência a verduras, legumes, castanhas e alimentos integrais ricos em fibras, diminuindo o consumo de carne e fritura.
Para viver bem mesmo com hipertensão, é preciso também abrir mão do consumo de cigarros e bebidas alcoólicas. “Quando sou hipertenso e também fumo, estou somando fatores de risco, ou seja, estou agregando situações de risco para o meu corpo e aumentando muito a chance de um evento cerebrovascular, como um infarto ou um derrame“, alerta o também cardiologista Marcus Gaz.
Exercícios físicos auxiliam no controle da pressão alta
Outra mudança imprescindível para o sucesso do tratamento da hipertensão é fazer atividades físicas regularmente, o que melhora a capacidade cardiovascular e ajuda na estabilização da pressão arterial. Antes, no entanto, é preciso passar por uma avaliação médica para descobrir os melhores exercícios e a melhor intensidade para cada caso.
O paciente hipertenso deve também evitar situações de estresse, procurando até mesmo ajuda profissional, caso seja necessário. É importante ainda tomar a medicação prescrita rigorosamente, criar o hábito de medir a pressão arterial frequentemente, o que pode ser feito em uma farmácia ou em casa, e se consultar com um cardiologista regularmente.
Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia: http://departamentos.cardiol.br/dha/vidiretriz/05-cap01.pdf
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