O consumo de sal está muito associado à pressão alta, mas não de maneira geral. O excesso é o grande perigo. O sódio presente no sal retém maior quantidade de líquido e isso faz com que o volume de fluidos nos vasos sanguíneos aumente. Dessa forma, os vasos sofrem maior pressão. Por outro lado, o consumo de sal em quantidade moderada é recomendado, visto que é importante para o organismo.
Efeitos do excesso de sal na saúde cardiovascular
“Muitas pesquisas básicas e de fisiopatologia relacionam a ingestão elevada de sal com ativação de mecanismos hormonais e metabólicos que resultam em retenção de água, aumento de tônus vascular e da pressão arterial. Por isso, os excessos devem ser evitados em todos os pacientes. Mesmo assim, não são todos os que mostram boa resposta pressórica à redução de sal, isso varia de acordo com o caso”, explica o cardiologista Marcus Gaz.
O especialista reforça a necessidade dos seres humanos consumirem cloreto de sódio para manter o bem estar e equilíbrio do organismo, porém sempre tomando cuidado com os excessos. As quantidades recomendadas de sódio podem ser individualizadas de acordo com a presença de comorbidades, mas o consumo máximo recomendado para o hipertenso é de 2g ao dia (equivalente a 5 sachês de 1g de sal).
Açúcares e gorduras são outros fatores de risco importantes para pressão alta
Aqueles que temem ter pressão alta ou que já possuem tal condição e desejam afastar o risco, devem, naturalmente, diminuir bastante o consumo de sal, mas não apenas isso. Outros hábitos ruins também são fatores de risco para a elevação da pressão e por isso devem ser igualmente combatidos. O controle da pressão arterial implica em aderir a um estilo de vida saudável de forma ampla e também uso de medicamento específico no caso daqueles diagnosticados com hipertensão.
“A maioria dos estudos que correlacionam consumo de certos grupos alimentares com saúde cardiovascular cada vez mais aponta para a necessidade de reduzir o consumo de carboidratos, os açúcares. Antigamente, as gorduras eram consideradas as maiores vilões nesse contexto e ainda podem ser, especialmente as saturadas (bolos, biscoitos recheados e sorvetes, por exemplo), se consumidas em grande quantidade. No entanto, os açúcares estão hoje mais relacionados com risco maior de doenças cardiovasculares do que as gorduras em geral”, conclui o cardiologista.
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