A hipertensão é uma doença que atinge aproximadamente 25% dos brasileiros, segundo dados do Ministério da Saúde. No entanto, essa porcentagem aumenta consideravelmente quando apenas os idosos são considerados: 60% dos homens e mulheres com mais de 60 anos têm pressão alta. Essa maior incidência na terceira idade não é à toa.
Enrijecimento dos vasos sanguíneos facilita hipertensão na terceira idade
Com o passar dos anos, a chance de ter hipertensão sobe consideravelmente, assim como a maioria das doenças cardiovasculares. “No caso da hipertensão, isso se deve principalmente porque as paredes dos vasos sanguíneos ficam mais enrijecidas, então, a tensão do sangue na parede dos vasos aumenta, causando a doença”, afirma o cardiologista Paulo César Sadala Ferreira.
O infarto é uma das principais complicações da pressão alta e sua incidência também aumenta com a idade. “No caso do infarto, as chances são elevadas porque a quantidade de placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos aumenta consideravelmente a partir dos 45 anos em homens e 55 anos em mulheres”, alerta o médico.
Problemas nos rins aumentam risco de idosos terem pressão alta
Como se não bastassem os problemas no sistema cardiovascular, danos em outros órgãos, como os rins, também podem facilitar o desenvolvimento da hipertensão. A chegada de um menor volume de sangue nos rins faz com que haja maior retenção de sal e água no corpo, o que faz os valores da pressão arterial subirem perigosamente.
A melhor forma de evitar a doença é se dedicar às principais formas de prevenção, começando pelas consultas periódicas com um cardiologista. “A prevenção sempre se dá por meio de uma dieta saudável e com atividade física. Devemos ingerir, em média, cinco gramas de sal por dia, enquanto no nosso país se ingere de três a quatro vezes esse valor”, ressalta Ferreira.
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