A hipertensão é uma doença caracterizada por um aumento perigoso dos níveis da pressão arterial e que é bastante comum na terceira idade. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 24% da população brasileira é hipertensa, mas enquanto apenas 9% das pessoas têm a doença na faixa dos 25 aos 34 anos, o número sobe para 59% entre os maiores de 65 anos.
Hipertensão é mais comum em idosos
O problema é pior nos idosos porque a hipertensão oferece ainda mais riscos na velhice. “Os idosos têm vasos sanguíneos mais enrijecidos, têm menor elasticidade e são mais suscetíveis a rupturas, aneurismas e isquemia”, afirma a cardiologista Ana Catarina de Medeiros Periotto. Isquemia é a diminuição ou interrupção da passagem de sangue pelas artérias e pode levar a um infarto.
De acordo com a especialista, o aneurisma é a dilatação e o enfraquecimento das paredes das artérias que tornam o vaso sanguíneo mais sujeito a uma ruptura, o que pode acontecer tanto nos vasos do cérebro quanto no coração. Como a doença geralmente não apresenta sintomas, muitos pacientes são diagnosticados apenas ao enfrentar alguma dessas complicações.
Beber bastante água pode evitar complicações da hipertensão
Cumprir todas as etapas do tratamento prescrito pelo médico é fundamental para evitar as consequências de uma hipertensão mal controlada na velhice. Segundo Ana Catarina, o uso de remédios é o mesmo, mas é preciso estar atento a outras doenças concomitantes e a interação com outros medicamentos utilizados pelo idoso.
Algumas atitudes no dia a dia também podem ajudar. “Oferecer mais água é uma das medidas que devem ser adotadas. Os idosos tendem a não beber água adequadamente e a desidratação pode gerar picos hipertensivos”, explica a cardiologista. Manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas regularmente e evitar situações de estresse também são importantes.
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