A hipertensão atinge, no Brasil, cerca de 30 milhões de pessoas, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Um dos principais problemas que a cercam é a ausência de sintomas em boa parte dos casos, motivo pelo qual é chamada de doença silenciosa.
A hipertensão dificilmente apresenta sintomas
“Na grande maioria das vezes, a pressão alta é assintomática. Muitos pacientes não sabem que tem e, consequentemente, não buscam tratamento”, alerta o cardiologista Francisco Flavio Costa Filho. Os sintomas costumam aparecer apenas em casos em que há um descontrole rápido da pressão. Quem sofre são os órgãos-alvos: coração, cérebro, rins e olhos.
“Nesses casos em que há o que chamamos de crise hipertensiva, o prognóstico é mais grave. O hipertenso deve procurar atendimento médico o mais rápido possível”, afirma a cardiologista Bruna Baptistini. Os sintomas mais comuns são dor forte no peito, na cabeça e na nuca, tontura, convulsões, falta de ar e escurecimento visual.
Cefaleia e náuseas podem surgir em casos menos frequentes
Há outros casos menos frequentes de pacientes hipertensos em que há o surgimento de sintomas. A encefalopatia hipertensiva, por exemplo, é uma disfunção causada por um súbito aumento da pressão arterial e que provoca náuseas, vômitos, cefaleia e dificuldade de enxergar. O edema agudo pulmonar tem a mesma causa e leva ao acúmulo de líquido no pulmão.
Como dificilmente há sintomas, é importante que todos meçam a pressão arterial de tempos em tempos para checar se os níveis estão adequados. A aferição deve ser feita com o paciente sentado e relaxado, com pernas descruzadas, após cinco minutos de repouso e sem ter praticado exercícios físicos durante uma hora. O consumo de cigarros, café, bebidas alcoólicas e energéticos deve ser interrompido pelo menos 30 minutos antes.
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