A hipertensão é uma doença que, cada vez mais, preocupa médicos e órgãos de saúde. A doença demora a mostrar sinais e é capaz de produzir outros problemas no organismo, como acidentes vasculares cerebrais e ataques cardíacos. O tabagismo é um dos principais fatores que aumentam a pressão arterial e coloca em risco a vida de milhões de pessoas pelo mundo.
O cigarro é composto de nicotina. Esta substância, ao entrar no organismo, provoca a liberação da catecolamina, composto químico que aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial. Com o tempo, o ato de fumar dificulta o transporte de oxigênio pelo corpo, aumenta a tonicidade muscular e entope os vasos sanguíneos, causando a hipertensão.
Fumante passivo
O fumante passivo também sente as consequências do tabagismo em sua pressão arterial. Para ele, o contato com o cigarro pode ser ainda pior, como afirma o cardiologista Benjamin Farbiarz Segal: “O fumante passivo tem três vezes mais chances de sofrer eventos cardiovasculares, o que inclui hipertensão arterial, infarto e AVC.”
Depois de fumar, os efeitos nocivos do cigarro vão diminuindo. Entretanto, por 20 minutos, o sistema circulatório está exposto ao aumento da pressão arterial, que pode ser fatal para pessoas hipertensas. Somente cerca de oito horas depois é que os níveis de nicotina, de oxigênio e de monóxido de carbono retornam a uma quantidade aceitável.
A longo prazo
O tabagismo, ao longo do tempo, produz consequências graves. Uma delas é a falta de sangue em determinadas partes do corpo, como o coração, que pode deixar o órgão sem a nutrição adequada para seu funcionamento. Conhecido como isquemia, o problema é capaz de afetar todo o organismo. “As alterações vasculares contribuem para as alterações cardíacas, renais e pulmonares. Somos um só organismo e quando algo afeta um órgão, isso repercute em todo sistema”, analisa Benjamin.