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    Brasiliense passou oito anos vivendo com dores físicas causadas pela ansiedade

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    Os distúrbios psiquiátricos não afetam apenas o funcionamento da mente. Em alguns pacientes, essas doenças podem provocar reflexos também no bem estar físico, com sintomas como cansaço e dores espalhadas por todo o corpo. Guiomar M., moradora de Brasília, no Distrito Federal, passou oito anos lidando com uma forte dor física causada pelo transtorno de ansiedade generalizada, sem saber que tinha o problema.

     

    Ansiedade pode provocar sudorese e dor no peito

     


    Guiomar sentia dores muito fortes, que chegaram a prejudicar bastante sua qualidade de vida. “Vivi debilitada por oito anos, sem conseguir caminhar e andar direito. Achavam que a dor era um problema na coluna e chegaram até a cogitar fibromialgia”, relembra a administradora. A fibromialgia gera dores em todo o corpo e ganhou destaque recentemente na imprensa, quando a cantora Lady Gaga cancelou seu show no Rock in Rio para tratar a doença.

    Depois de quase uma década, os médicos conseguiram descobrir que era a ansiedade que afetava a brasiliense, de 34 anos. Quando a ansiedade se torna uma patologia, essa sensação que mantém o corpo em alerta se torna exagerada, mesmo sem a presença de fatores estressantes. “É caracterizada por uma sensação difusa e desagradável de apreensão que pode ser acompanhada por sintomas físicos, como dor de cabeça, aumento do suor, aperto no peito, inquietação e mal-estar gástrico”, afirma a psiquiatra Claudia Chaves.

     

    Tratamento para ansiedade permite controlar crises

     


    A moradora de Brasília tentou, sem sucesso, algumas medidas para combater o transtorno de ansiedade, até encontrar o tratamento ideal. “Fiquei afastada do trabalho por quatro anos, não conseguia fazer nada em casa, mas a doença estabilizou e hoje eu digo que tenho vida de novo”, conta Guiomar, que diz ainda que o tratamento lhe trouxe benefícios incalculáveis, como a redução do número de crises que, agora, acontecem raramente.

    No entanto, uma das maiores recompensas do controle da ansiedade para a administradora foi o respeito que ganhou: “As pessoas não acreditavam na minha dor. Começaram a me tratar com respeito depois que a medicação passou a fazer efeito. Melhorou principalmente minha relação com meu esposo, nós ficamos mais próximos”, completa.

     

    Dra. Claudia Chaves Dallelucci é psiquiatra, formada em Medicina pela Universidade de Mogi das Cruzes e atua no Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da UNIFESP (PROAD). CRM-SP: 151077

     

    Foto: Shutterstock

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