Quem tem alergias respiratórias sabe bem como é difícil lidar com os momentos de crise. Espirros, coriza, tosse, coceira no nariz e falta de ar são apenas alguns dos sintomas responsáveis por tornar este tipo de doença tão incômodo. Para se proteger, é importante conhecer os fatores e as influências externas que favorecem o quadro. Muitos mitos ainda cercam o assunto e dificultam a compreensão dos pacientes sobre os métodos de prevenção. Por isso, vale contar com a orientação de um profissional da saúde nesta tarefa.
A seguir, o pediatra e emergencista Valderi Júnior esclarece as principais dúvidas sobre as alergias respiratórias. Confira!
Verdade: estações do ano podem influenciar as alergias respiratórias
Dr. Valderi confirma que as mudanças climáticas afetam bastante quem é portador de doenças respiratórias, como sinusite, asma e rinite alérgica. A baixa umidade do ar – característica do outono e do inverno – tende a irritar as vias aéreas e a agravar os sintomas de alergia respiratória. Além disso, nestas estações é natural que as pessoas prefiram ambientes fechados e usem roupas, cobertores e colchas que ficaram guardadas por muito tempo, o que aumenta a exposição a alérgenos (como poeira, ácaro e mofo) e favorece o surgimento de problemas respiratórios.
Nas estações mais quentes do ano, as ameaças não deixam de existir. “Durante a primavera, há uma grande quantidade de pólen no ar, que pode piorar, sim, as rinites e sinusites”, alerta o médico. Já no verão, o grande vilão é o uso de ventilador e ar-condicionado. Enquanto o primeiro levanta toda a poeira do cômodo, o segundo resseca o ambiente e irrita as vias aéreas, favorecendo os sintomas das alergias respiratórias.
Mito: mudanças bruscas de temperatura não são a causa de gripes e resfriados
Algumas crenças envolvendo as doenças respiratórias não têm fundamento científico. Dentre elas, o mito de que as mudanças bruscas de temperatura podem causar gripe e resfriado. Elas podem, de fato, desencadear alergias respiratórias em pessoas que já têm propensão ao problema. Mas, não têm nenhuma influência em doenças infecciosas. “Essas doenças são causadas por um agente que infecta o indivíduo, como os vírus. Então, não, pisar em uma calçada fria ou tomar banho de chuva gelada não vai fazer com que você fique resfriado”, orienta o médico.
Como prevenir alergias respiratórias?
É possível adotar certos cuidados para fugir dos sintomas de rinite alérgica e sinusite. O ideal é manter o ambiente arejado e limpo, sem acúmulo de poeira, pelos de animais e mofo. Higienizar roupas de cama, tapetes, cortinas e até mesmo peças do vestuário que ficaram guardadas por muito tempo também é importante para a prevenção de problemas respiratórios. Além disso, é essencial manter um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, ingestão adequada de água e prática regular de exercícios físicos.