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A presença de um caso de Alzheimer na família reforça a importância da adoção de cuidados?

Alzheimer

Por Dr. José Eduardo Martinelli

19 de outubro de 2023

A doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa evolutiva. Ou seja, desde que começa, evolui invariavelmente. Chamada popularmente de Doença de Alzheimer, é considerada o principal tipo de demência e muitas pessoas associam o desenvolvimento da condição à hereditariedade. Mas, este realmente é um fator de risco? Quem tem Alzheimer na família deve adotar uma rotina com mais cuidados?

Hereditariedade não é o principal fator de risco para Alzheimer

Segundo o geriatra José Eduardo Martinelli, existe a doença de Alzheimer de início precoce, que começa antes dos 65 anos de idade, e a de início tardio, que surge após os 65 anos. “Na doença de Alzheimer de início precoce, existe uma possibilidade maior de ter hereditariedade. Quando é de início tardio, esta possibilidade é menor”, pontua o médico. 

O profissional lembra que muitas pessoas chegam em seu consultório e perguntam se o fato de ter um familiar com a doença significa que também terão o problema. “Eu falo: quantas pessoas na sua família já tiveram Alzheimer? Nenhuma! Foi a primeira pessoa que teve. Então, não depende exclusivamente dessa hereditariedade”, diz o geriatra. De acordo com o médico, o fator de risco mais importante é a idade. 

Cuidados com outros fatores de risco são importantes na doença de Alzheimer

Como a idade é um fator incontrolável, é importante prestar atenção a outros possíveis fatores de risco, como hipertensão, diabetes e dislipidemia. “Quando você tem um paciente na família que começou sua demência com 80 anos de idade e que também é diabético e hipertenso, além da idade, ele tem outros fatores de risco que contribuem para a demência”, afirma Dr. Martinelli. 

O especialista explica que não dá para prevenir a doença, mas é possível controlar esses fatores de risco, tratando a hipertensão e praticando exercícios físicos, por exemplo. “Os fatores de proteção importantes são a sociabilidade, a intelectualidade e a escolaridade. Isso não significa que quem tem alta escolaridade não vai ter a doença, mas são fatores que dão uma proteção maior”, conclui o médico. 

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