A doença de Alzheimer é uma condição que afeta, em sua maioria, indivíduos acima de 60 a 65 anos de idade, e tem como principal característica inicial a perda de memória recente. Chamada popularmente de mal de Alzheimer, suas causas são complexas e ainda estão sendo estudadas, mas já se sabe que há aspectos hereditários envolvidos. O geriatra Leandro Minozzo explica qual é o peso da hereditariedade no desenvolvimento da doença. Confira!
Alzheimer: causas hereditárias não são o principal fator envolvido
“A hereditariedade é um fator que influencia no risco, mas não é sua principal causa. É uma doença essencialmente poligênica, ou seja, acredita-se que são diversos os genes envolvidos nas lesões que levam à doença e há influência de fatores genéticos. Temos mapeados genes de risco, ligados à doença de Alzheimer familiar”, afirma o médico.
Quando se considera o peso da hereditariedade no risco para a doença, ele é maior em casos de parentes de primeiro grau que desenvolveram Alzheimer precoce, antes dos 65 anos. “Essa informação, a idade em que os casos familiares surgiram, é fundamental. A forma familiar da doença é rara, sendo responsável por 1% dos casos totais. A grande maioria dos casos não tem a hereditariedade como causa”, explica o especialista.
Quem tem familiar diagnosticado com Alzheimer deve ter mais atenção
Quem tem pais ou avós diagnosticados com doença de Alzheimer deve ter atenção redobrada no cuidado com o estilo de vida. “Levantamentos apontam que, mesmo não sendo algo determinista, há um aumento no risco de pessoas que tiveram pais e avós com a doença de Alzheimer, mesmo na forma mais comum, chamada de esporádica e tardia”, alerta Dr. Minozzo. Nos casos de doença familiar e em que os sintomas surgiram precocemente, uma avaliação clínica para investigação da doença de Alzheimer pode ser feita por um profissional.