O Alzheimer é uma doença influenciada, em parte, pela carga genética, o que significa que se você possui casos na família, pode ter um risco maior de desenvolvê-la. Contudo, não há como controlar esse fator, então a prevenção e tratamento devem ser feitos em cima dos fatores ambientais, que também influenciam no desenvolvimento e manifestação da doença.
Alzheimer é hereditário: veja como esse fator influencia o quadro
“Apesar da questão genética associada ao Alzheimer, é importante enfatizar que os exames genéticos são recomendados apenas no âmbito de pesquisa, já que não modificam o início ou curso da doença. Portanto, na prática clínica, o foco é o combate aos fatores de risco que podem ser modificados”, aponta o geriatra Ricardo Komatsu.
O médico explica que o principal fator de risco genético para que você venha a desenvolver Alzheimer é a apolipoproteína E4 (APOE4). “Essa substância interfere com a remoção da proteína beta-amilóide (Aß) do cérebro e também é processada em fragmentos neurotóxicos, o que pode afetar várias gerações em uma mesma família”, afirma.
Importância de combater os fatores de risco modificáveis do Alzheimer
Conforme aponta o especialista, os principais fatores de risco modificáveis da doença de Alzheimer são: hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo e inatividade intelectual, depressão, tabagismo, baixa escolaridade, e alimentação quantitativa e qualitativamente insatisfatória. “De acordo com o estudo de Rotterdam, a eliminação desses fatores de risco levaria à uma redução de 30% na incidência de demência”.
Para obter isso, é importante que você adote hábitos de vida saudáveis. Quanto mais cedo isso for iniciado, melhor. Prática regular de exercícios físicos, dieta balanceada, se manter socialmente e intelectualmente ativo e ter o sono bem regulado são algumas medidas importantes nesse sentido.
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