O mal de Alzheimer é um problema neurodegenerativo conhecido principalmente por provocar a perda da memória. No entanto, existe ainda outra característica bastante famosa do Alzheimer: a maior parte dos pacientes afetados tem mais de 60 anos. Isso não significa dizer que a doença é exclusiva da terceira idade e que não existem casos precoces.
Genética pode provocar Alzheimer em pacientes que não são idosos
“Cerca de 8% dos casos de doença de Alzheimer ocorrem de forma precoce, ou seja, se iniciam antes dos 65 anos de idade”, afirma a geriatra Daniela Fonseca de Almeida Gomez. Pacientes brasileiros com apenas 30 anos já foram diagnosticados com o problema. É um número bastante reduzido se comparado aos casos em idosos, mas que não deve ser deixado de lado.
A genética é a grande responsável pelo desenvolvimento do Alzheimer antes do paciente chegar à faixa etária típica do problema. “A forma precoce da doença tem como causa alterações genéticas e, nestes casos, existem vários membros da família acometidos. É importante salientar que, nessas situações, o aparecimento ocorre antes dos 60 ou 65 anos e é raro”, destaca a profissional.
Mal de Alzheimer ainda na juventude costuma ser mais agressivo
Nos pacientes precoces, a doença requer uma atenção especial dos cuidadores, familiares e dos médicos, já que os sintomas costumam ser mais agressivos, com um declínio mais rápido das funções cognitivas. Além da memória comprometida, o Alzheimer também dificulta a capacidade de se comunicar, de aprender, de se orientar e até de fazer as refeições adequadamente.
Ao perceber o aparecimento dos sintomas, é fundamental procurar a ajuda de um especialista. “É muito importante que o paciente ou um familiar, ao notar a perda de memória, procure o geriatra, que irá fazer os testes cognitivos no consultório, bem como exames laboratoriais. Quanto antes for feito o diagnóstico melhor, pois o tratamento retarda a evolução da doença”, aconselha Daniela.
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