A osteoporose é uma doença que está ligada ao envelhecimento do corpo humano e que, apesar de ser mais frequente entre as mulheres, também pode afetar os homens. Nelas, a queda da produção de estrogênio, que acontece acentuadamente na menopausa, é um importante fator de risco. No entanto, isso não significa que a osteoporose deve ser motivo de preocupação somente a partir dessa fase da vida das mulheres.
Prevenção da osteoporose pode começar na infância
A estrutura óssea do corpo feminino começa a se formar na infância e sofre muitas mudanças ao longo da adolescência, especialmente com as grandes quantidades produzidas de estrogênio, o hormônio sexual feminino, a partir do primeiro ciclo menstrual. Este hormônio é o responsável por carregar o cálcio para dentro dos ossos, fortalecendo o esqueleto das mulheres.
A adolescência pode ser uma fase bastante tumultuada, o que contribui para o desenvolvimento de transtornos, como a anorexia e a bulimia. Segundo o ortopedista Mário Soares, estes distúrbios podem facilitar o desenvolvimento de osteoporose no futuro: “As pacientes muito magras ou anoréxicas, por conta da deficiência de estrogênio e da falta de nutrientes para desenvolver a massa óssea, têm uma probabilidade muito maior de ter osteoporose e prejudicar a qualidade óssea para o resto da vida”.
Consumo de cálcio e vitamina D ao longo da vida reduz risco de osteoporose
Os cuidados com a saúde óssea devem começar, portanto, já nos primeiros anos de vida, por meio de uma alimentação rica em cálcio. “A privação de cálcio na infância e adolescência, duas fases de elevado desenvolvimento e crescimento de ossos e tecidos, pode comprometer a mineralização óssea, o crescimento e a formação dos dentes”, afirma a nutricionista Carla Cotta.
Outro nutriente importante para a prevenção em longo prazo da osteoporose é a vitamina D, que atua para que o cálcio seja absorvido corretamente. A exposição à luz solar é a principal forma de obtê-la. É importante destacar também a prática de atividade física, que auxilia no depósito adequado de cálcio nos ossos, o que não acontece com mulheres sedentárias, mas que consomem cálcio em boas quantidades.
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