A doença pulmonar obstrutiva crônica, mais conhecida como DPOC, é caracterizada por uma diminuição progressiva do fluxo aéreo pulmonar, causando falta de ar, tosse, cansaço, chiado e aperto no peito. É uma condição que, com o passar dos anos, vai intensificando o grau de obstrução e de deterioração dos tecidos dos pulmões. Desse modo, surge uma questão: a partir de que idade pode se desenvolver DPOC? Entenda!
Sintomas da DPOC costumam aparecer após os 40 anos de idade
Na maioria dos casos, segundo o pneumologista Igor Nery, a doença costuma se manifestar a partir dos 40 anos de idade. “A DPOC, quando relacionada ao cigarro, necessita de vários anos de tabagismo contínuo. Depende de fatores como a frequência, intensidade, tipo de dispositivo utilizado e o tipo de tabaco, em associação a um conjunto com fatores genéticos que podem favorecer o surgimento precoce ou tardio da doença. Na ausência de doença pulmonar prévia, o início dos sintomas aparecem após os 40 anos de idade”, informa o médico.
Em geral, a DPOC surge como uma redução da capacidade do paciente para realizar esforços mais intensos, como a falta de energia e de ar ao subir escadas. “Geralmente, essa condição não é percebida em suas fases iniciais, principalmente se a pessoa tem uma vida sedentária, é idoso, não realiza atividades em que é necessária uma função pulmonar plena ou se é portador de outras doenças, como cardiopatia, doença renal crônica e diabetes”, explica o especialista.
O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento
É ideal que a doença seja diagnosticada o quanto antes, uma vez que o quadro evolui com o passar do tempo e a qualidade de vida do paciente fica cada vez mais comprometida. “A doença vai agravando o cansaço para esforços ano a ano. Da mesma forma, a tosse e expectoração tendem a se acentuar”, afirma Dr. Nery.
O médico alerta ainda para os possíveis fatores de risco que, além do hábito de fumar, incluem a exposição a agentes nocivos por meio da inalação, como os materiais provenientes da combustão em locais de trabalho sem proteção adequada. Vale lembrar que estar em abstinência do cigarro há muitos anos não exclui o diagnóstico, pois os danos causados no passado ainda podem comprometer os pulmões e levar à doença.
