A doença pulmonar obstrutiva crônica, a DPOC, é formada por dois problemas respiratórios: o enfisema pulmonar e a bronquite crônica. Tosse, catarro, dor no peito, falta de ar e de energia estão entre os sintomas vistos em pacientes. A causa principal para seu desenvolvimento é o tabagismo, o que torna o fim desse hábito a forma de prevenção da doença mais eficaz.
Tabagismo aumenta o risco de ter DPOC e câncer de pulmão
Mas, mesmo quem conseguiu vencer o vício deve continuar atento aos sintomas da doença. “A DPOC pode progredir e se transformar em doença mesmo com a pessoa já tendo parado de fumar. Porém, isso não é frequente e não pode servir de estímulo para a perpetuação do tabagismo, uma vez que continuar fumando aumenta mais o risco de desenvolver DPOC”, afirma o pneumologista Ramiro Sienra.
Depois que um fumante para de fumar, o que acontece é a diminuição da inflamação dos pulmões, o que pode levar à redução da tosse com catarro e pigarro na garganta que muitos pacientes com DPOC possuem. “Além disso, há diminuição dos danos aos alvéolos pulmonares, da probabilidade de desenvolver DPOC e de ter câncer de pulmão”, destaca o especialista.
Tratamento da DPOC envolve medicamentos e fim do hábito de fumar
Quem já tem a doença pulmonar obstrutiva crônica e decide abandonar o cigarro não consegue reverter o problema. Abandonar o hábito de fumar não é capaz de estabilizar a complicação, mas diminui drasticamente as chances do quadro piorar, evitando agravamentos e melhorando a qualidade de vida.
É importante ainda realizar o tratamento, que consiste em uma abordagem complexa e multidisciplinar, segundo Sienra. “O médico deve prescrever vacinas, oxigenoterapia suplementar para alguns casos e ainda fazer vigilância em relação à osteoporose e, principalmente, câncer de pulmão”, explica o profissional. Sintomas como a falta de ar podem ser atacados com broncodilatadores para devolver a capacidade do paciente de fazer exercícios e outras atividades do dia a dia.
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