Ainda hoje é difícil definir com precisão o que causa o mal de Alzheimer, mas sabe-se que há fatores que influenciam no surgimento da doença. Acredita-se que ocorra uma mistura entre a herança genética e alguns riscos ligados ao comportamento, como sedentarismo, colesterol elevado, além do próprio processo de envelhecimento. A alimentação, por si só, não contribui diretamente para o desenvolvimento do quadro.
“A alimentação em si não tem a ver com o aparecimento da demência da doença de Alzheimer. Atualmente, pesquisas mostram que pacientes diabéticos, hipertensos e dislipidêmicos têm maior possibilidade de desenvolver a DA. Isto significa que eles devem manter sua glicemia, colesterol e triglicérides dentro da normalidade, o que é obtido por meio da reeducação alimentar”, aponta o geriatra José Eduardo Martinelli.
Alimentação influencia indiretamente no surgimento do mal de Alzheimer
Ou seja, o controle desses quadros por meio de mudanças na dieta, evitando o excesso de açúcar e gordura na alimentação, indiretamente ajuda a prevenir uma possível doença de Alzheimer. O excesso de radicais livres também é considerado um fator de risco, então é importante evitar também outros hábitos e comportamentos, como tabagismo, estresse e alimentos industrializados.
A contaminação com mercúrio e alumínio também é colocada como fator de risco para o desenvolvimento do Alzheimer e isso acaba tendo relação com a dieta, pois estes elementos podem acabar aparecendo em alguns alimentos. Frutos do mar e peixes, como o atum, por exemplo, muitas vezes são contaminados com mercúrio. O alumínio tende a se soltar das panelas, contaminando os alimentos também. Mesmo assim, a relação entre alimentação e Alzheimer segue sendo indireta, mesmo nesses exemplos.
Prevenção do Alzheimer depende da adoção de práticas saudáveis de vida
Para que exista algum nível de prevenção, é essencial ter uma vida saudável, com prática de atividade física, manutenção do peso ideal e uma dieta adequada, evitando alimentos muito gordurosos, além de açúcar e carnes vermelhas em excesso. “Esses três fatores são importantes para que não surjam os quadros já comentados (diabetes, hipertensão etc), que vão predispôs as doenças neurodegenerativas”, completa Martinelli.
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