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    Qual é o tipo de diabetes mais grave? Tipo 1 ou tipo 2?

    Diabetes
    Sintomas

    Por Dra. Daniele Zaninelli

    27 de dezembro de 2017

    O diabetes é uma doença metabólica cujos casos geralmente são enquadrados em dois tipos principais. No tipo 1, o pâncreas deixa de produzir insulina, responsável por controlar a quantidade de açúcar no sangue. Já no tipo 2, as células do organismo se tornam resistentes a sua ação e, com o tempo, há uma queda na produção desse hormônio.

    Comparando os dois tipos, a endocrinologista Daniele Zaninelli afirma que não é simples dizer qual é o mais grave, já que cada caso deve ser analisado individualmente: “Existem muitas diferenças na fisiopatologia dessas doenças, mas ambas podem levar a complicações micro e macrovasculares, dependendo da forma como se manifestam em cada pessoa”.

    Uso da insulina por diabéticos pode fazer o tipo 1 parecer mais grave

     

    De acordo com a médica, existem alguns pontos que levam a este tipo de comparação, como é o caso da dependência de insulina. “Apesar do uso obrigatório em pacientes com diabetes tipo 1 desde seu diagnóstico, muitos pacientes com tipo 2 ficam dependentes de seu uso ao longo do tempo”, afirma a especialista.

    Outro aspecto importante é que o diabetes tipo 1 costuma ser diagnosticado precocemente devido ao rápido aparecimento dos sintomas. Por outro lado, os pacientes com o tipo 2 podem viver vários anos sem saber que têm a doença, podendo já apresentar complicações crônicas ao descobri-la.

    Idade típica dos casos de diabetes influencia percepção de gravidade

     

    Além disso, o tipo 1 era considerado uma doença de início típico na infância ou durante o começo da idade adulta. Hoje, no entanto, sabe-se que os adultos jovens correspondem a cerca de metade dos casos. “Já o diabetes tipo 2, que era uma doença típica do envelhecimento, tem aparecido com frequência cada vez maior entre crianças”, explica a endocrinologista.

    Segundo Daniele, o mais importante é que os portadores dos dois tipos de diabetes conheçam suas doenças, suas particularidades e as principais medidas que devem ser tomadas para que o tratamento seja eficaz, garantindo assim a melhor qualidade de vida possível.

    Novo coronavírus: a relação entre o diabetes e a COVID-19

     

    Durante as últimas semanas, você deve ter ouvido falar que os pacientes com diabetes, assim como os hipertensos, ao serem infectados pelo novo coronavírus, têm riscos maiores de evoluir para um caso grave de COVID-19. Embora a cada dia surgem informações mais atualizadas a respeito desta nova doença, a endocrinologista explica o que se sabe até agora.

    Segundo a médica, é inquestionável que pessoas com diabetes, especialmente com hiperglicemia mal controlada, correm maior risco de desenvolver complicações quando apresentam infecções respiratórias bacterianas ou virais. Com a COVID-19 não é diferente.

    “O diabetes tipo 2, o tipo mais comum de diabetes, está muito associado a uma inflamação crônica de baixo grau induzida pelo excesso de tecido adiposo visceral. Esse estado inflamatório e a hiperglicemia podem causar uma resposta imune anormal e ineficaz”, afirma a profissional.

    Em geral, acredita-se que quanto mais problemas de saúde uma pessoa tem, maior é o risco de ficar gravemente enferma pela COVID-19. De acordo com Dra. Daniele, entre os fatores que devem ser considerados na avaliação do grau de risco de evolução da infecção provocada pelo novo coronavírus em pessoas com diabetes estão a duração da doença, o estado de controle metabólico, a presença de complicações do diabetes, como a doença renal, e de comorbidades, como hipertensão e obesidade, além de hábitos de vida, como o tabagismo e o sedentarismo.

    Quando pensar em COVID-19?

     

    A COVID-19 é uma doença causada por um tipo de coronavírus conhecido como SARS-CoV-2, que apresenta principalmente sintomas respiratórios muitas vezes semelhantes a quadros gripais.

    Os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca, sendo que alguns pacientes podem ter dores no corpo, congestão nasal, corrimento nasal, dor de garganta ou diarreia. Em alguns casos também pode causar tosse com catarro. Esses sintomas geralmente são leves e começam gradualmente.

    O sintoma mais importante que deve fazer os pacientes procurarem um serviço de saúde é a falta de ar ou dificuldade de respirar, que pode significar uma piora do quadro pulmonar.

    Referências:

    1. Wei-jie Guan et al. Comorbidity and its impact on 1,590 patients with COVID-19 in China: A Nationwide Analysis. MedRxiv 2020.
    2. Ministério da Saúde. https://www.saude.gov.br/o-ministro/746-saude-de-a-a-z/46490-novo-coronavirus-o-que-e-causas-sintomas-tratamento-e-prevencao-3 acessado em 13/04/2020.

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