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Dra. Daniele Zaninelli

ENDOCRINOLOGIA

16876/PR

Biografia

Dra. Daniele Tokars Zaninelli é especialista em Endocrinologia e Metabologia e mestre pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e atua na área há mais de 15 anos.

É ainda membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), da Sociedade Brasileira para o Estudo da Obesidade (ABESO) e da Endocrine Society.

Artigos

Advogado enfrenta o diabetes, mas tem dificuldade em adotar hábitos saudáveis

O diabetes, assim como outras doenças, exige do paciente que o seu comprometimento com o tratamento vá além do uso regular e correto da medicação. Também é necessário que haja engajamento na adoção de hábitos de vida saudáveis para que o resultado do processo seja positivo. Apenas tomar o remédio não é suficiente.    A situação do advogado Paulo Airton S. D., 62, que vive em Sobral, CE, ilustra bem essa questão. Mesmo fazendo tratamento contra diabetes há cerca de oito anos, ele ainda não chegou no nível de melhora que gostaria, visto que não consegue se disciplinar para seguir uma dieta mais equilibrada. Importância da reeducação alimentar e sintomas da diabetes “Definitivamente eu ainda não consegui melhorar nesse aspecto. Meu médico sempre diz que apesar do medicamento que eu uso ser considerado de ponta, apenas ele não irá resolver o problema. A reeducação alimentar é crucial para o sucesso do tratamento, mas isso é algo que eu não consigo me adaptar. Por isso ainda não cheguei no nível de melhora que gostaria”, relata o advogado. Paulo conta que a diabetes não trouxe sintomas muito evidentes. Os mais perceptíveis são tontura, visão turva e disfunção erétil. O diabetes é considerado uma doença silenciosa, porque não apresenta muitos sintomas em seus estágios iniciais, o que acaba trazendo maiores riscos para os pacientes. “O diabetes é uma doença progressiva e, nos estágios iniciais, não costuma apresentar sintomas. Eles somente aparecem quando o problema já está descompensado e com complicações crônicas”, afirma a endocrinologista Daniele Zaninelli Segundo a médica, outros sinais típicos da diabetes são sede excessiva, aumento do apetite e da vontade de urinar e perda de peso. Apesar desses sinais ainda não terem desaparecido por completo como esperado, já houve alguma evolução no quadro. “A taxa da diabetes baixou, mas ainda poderia ser melhor”. Restrições alimentares que vão além do açúcar A dificuldade de Paulo em manter uma alimentação balanceada não é à toa. Além de evitar o consumo de açúcar, quem tem diabetes precisa tomar muito cuidado com o que vai comer e beber, para evitar complicações da doença. Alimentos gordurosos, por exemplo, também devem ser evitados, já que são altamente calóricos e a obesidade agrava a doença. “Acumular mais gordura corporal é particularmente ruim para um paciente diabético, já que isso prejudica a ação da insulina e de medicamentos, criando certa resistência”, completa a nutricionista Giovana Morbi. Outro fator que atrapalha o tratamento de Paulo é a relação não tão boa que ele tem com o médico que o acompanha. “Infelizmente não tenho a relação que gostaria com o meu médico. Avalio que ele não me orienta da maneira que deveria. Algumas vezes tenho dúvidas e elas não são esclarecidas como eu gostaria”.     Dra. Daniele Zaninelli é endocrinologista formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e atua em Curitiba. CRM-PR: 16876 Dra. Giovana Morbi é formada pelo Centro Universitário São Camilo e atua em São Paulo. CRN-SP: 34076 – http://www.giovanamorbi.com.br/ Foto: Shutterstock

O açúcar de coco pode ser usado por diabéticos ou também deve ser evitado?

O consumo de açúcar por diabéticos ainda é um assunto que levanta muitas dúvidas, feitas tanto por pacientes quanto por suas famílias. No entanto, uma coisa é certa: os diversos tipos de açúcar não precisam ser retirados da alimentação, mas devem ser ingeridos moderadamente. Veja como o açúcar de coco para diabéticos pode ser inserido na dieta.  Açúcar de coco para diabéticos: uso deve ser feito sem exageros Segundo a endocrinologista Daniele Zaninelli, os cuidados com o uso do açúcar de coco para diabéticos são semelhantes à precaução com o consumo do açúcar normalmente utilizado na cozinha, o refinado: “Pessoas com diabetes podem usar o açúcar de coco, mas não devem tratá-lo de forma diferente do açúcar normal. Ele fornece muitas calorias e carboidratos, assim como o açúcar normal: cerca de 15 calorias e quatro gramas de carboidratos por colher de chá”. Ao procurar pelo produto em mercados, é importante verificar os rótulos nutricionais e ler a lista de ingredientes. Alguns exemplares à venda podem ser misturados ao açúcar de cana e a outros ingredientes que contêm carboidratos, podendo aumentar a taxa glicêmica dos pacientes, dependendo dos outros alimentos disponíveis na refeição. Entenda o que é o açúcar de coco De acordo com Daniele, o produto é feito da seiva que é extraída do coqueiro. É composto de ferro, zinco, potássio, magnésio, além das vitaminas B1, B2, B3 e B6. “O sabor desse açúcar é semelhante ao do mascavo. Para fins de cozimento, tem uma temperatura de fusão muito baixa e uma temperatura de queima extremamente alta para que possa ser usado no lugar do açúcar em produtos cozidos”, explica a especialista. A médica explica ainda que os fabricantes de açúcar de coco exaltam seu baixo índice glicêmico, a medida que indica o quanto um alimento altera o índice de glicose no corpo, afirmando que o produto é uma escolha melhor para pessoas com diabetes que o açúcar refinado. Entretanto, a endocrinologista diz que os números do índice glicêmico do açúcar de coco podem variar dependendo da fonte e, por isso, os diabéticos devem consumir apenas em moderação. Foto: Shutterstock

Qual é o tipo de diabetes mais grave? Tipo 1 ou tipo 2?

A menopausa traz uma série de alterações hormonais no organismo feminino, com diminuição importante de estrogênio. Como a presença desse hormônio está diretamente ligada com o menor nível de colesterol nas mulheres, sua drástica redução com a menopausa acaba influenciando no aumento do colesterol.    Riscos do colesterol alto em mulheres na menopausa “O estrogênio confere efeitos benéficos tanto no endotélio vascular (parede do vaso sanguíneo) quanto nas lipoproteínas séricas (gorduras do sangue). Esses benefícios são perdidos após a menopausa, levando ao aumento dos níveis de LDL (colesterol ‘ruim’) e diminuição dos de HDL (colesterol ‘bom’)”, informa a cardiologista Bruna Baptistini. Segundo a especialista, a deficiência estrogênica resultante tanto da menopausa natural quanto da cirúrgica aumenta o risco de doença arterial coronariana em aproximadamente 3 a 7 vezes. “Outras complicações decorrentes disso são: desenvolvimento de hipertensão arterial e acúmulo de gordura nas paredes dos vasos de todos os órgãos, causando infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado) e doença renal”, afirma Bruna. Como evitar o colesterol alto em mulheres na menopausa? Conforme aponta a médica, recentes ensaios clínicos têm demonstrado ausência de benefício da terapia de reposição hormonal na prevenção de eventos cardiovasculares em mulheres que já possuem comprometimento das artérias do coração, ou até mesmo risco inicialmente aumentado de eventos cardiovasculares. com a adoção de hábitos de vida mais saudáveis. O consumo de alimentos ricos em fitoesterois, como soja, nozes, semente de girassol, canola, trigo, milho, tomate, maçã, legumes, verduras, entre outros, também é importante para diminuir os índices de colesterol HDL no sangue. No entanto, a quantidade dessa substância nesses alimentos é baixa, tornando difícil a absorção das quantidades recomendadas de fitoesterois apenas pela alimentação. Nesse sentido, vale a pena discutir com o médico a possibilidade da suplementação. “Assim como na população geral, a modificação de fatores de risco é o que se preconiza para evitar o aumento do colesterol e suas possíveis complicações. Portanto, prática de atividade física regular, interrupção do tabagismo, controle de peso, dieta com poucas gorduras saturadas e controle dos níveis de glicose e da pressão arterial são algumas das medidas a serem adotadas”, completa a cardiologista. Foto: Shutterstock

Como futuras mamães podem evitar o diabetes na gravidez?

Além do tipo 1 e do tipo 2 do diabetes, existe ainda o chamado diabetes gestacional. São casos em que o grau de intolerância à glicose é detectado pela primeira vez durante a gestação e que corresponde a cerca de 7% das mulheres grávidas no Brasil. É importante que as futuras mães conversem com seus obstetras para adotar medidas que ajudem a evitar a doença.   De acordo com a endocrinologista Daniele Zaninelli, qualquer mulher pode desenvolver diabetes gestacional, mas a chance é maior quando alguns fatores estão presentes. Nestes casos, as mulheres devem ficar ainda mais atentas à prevenção, já que são poucos os sintomas, como excesso de sede e de cansaço. Excesso de peso é fator de risco para diabetes gestacional “Idade acima de 25 anos, parentes de primeiro grau com diabetes tipo 2, história pessoal de pré-diabetes, excesso de peso e gestação prévia com filho nascido com mais de quatro quilos são alguns dos fatores de risco”, alerta a médica. Gestantes que já tiveram diabetes gestacional e que perderam o filho ainda na gravidez de maneira inexplicada também devem se prevenir, já que o problema pode afetar o bebê. Para evitar o diabetes gestacional, uma das principais medidas é manter uma alimentação saudável. “Incluir na rotina alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais. Controlar o tamanho das porções é importante. Alimentos industrializados devem ser evitados por serem pobres em nutrientes e ricos em calorias”, cita a profissional. Exercícios físicos ajudam a prevenir diabetes na gravidez Fazer atividades físicas também é necessário, como explica Daniele: “Exercícios antes e durante a gravidez podem ajudar a prevenir o desenvolvimento do diabetes gestacional. Recomenda-se 30 minutos de atividade moderada na maioria dos dias da semana”. É possível, por exemplo, dividir caminhadas em três períodos de dez minutos, mas lembre-se de conversar com seu médico antes de iniciar a prática.   Quem está acima do peso e planeja engravidar deve procurar perder os quilinhos extras antes da gestação, o que é importante para ter uma gravidez mais saudável. A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda ainda que essas atitudes devem ser adotadas também com o objetivo de prevenir o diabetes tipo 2, que tem o diabetes gestacional como fator de risco. Dra. Daniele Zaninelli é endocrinologista formada pela Universidade Federal do Paraná e atua em Curitiba. CRM-PR: 16876 – www.facebook.com/dradaniele.zaninelli Foto: Shutterstock

O que é a hiperglicemia e como o paciente deve agir nesta situação?

A hiperglicemia nada mais é que o aumento da quantidade de açúcar no sangue causado pelo descontrole do diabetes, que está associado a problemas na produção e/ou na ação da insulina, o hormônio responsável por retirar o açúcar da corrente sanguínea. Como as crises de hiperglicemia podem ser graves, é importante saber como agir e tratá-las corretamente. Exercícios físicos podem ajudar a controlar a hiperglicemia “O aumento dos níveis glicêmicos leva a sintomas como sede, aumento da vontade de urinar, cansaço, visão embaçada, aumento do apetite e perda de peso. Casos mais graves podem levar até ao coma”, afirma a endocrinologista Daniele Zaninelli. Como os sintomas só aparecem quando a glicose está em níveis bem altos, o ideal é não esperar por eles para tomar uma atitude. “Ao detectar esse tipo de situação é importante procurar pelo médico responsável para que os devidos ajustes sejam feitos, seja por meio da correção de hábitos alimentares e de atividade física ou de ajustes na medicação”, recomenda a especialista. A prática de exercícios, no entanto, só é indicada se não houver a presença de corpos cetônicos na urina, já que existe o risco das taxas de açúcar subirem ainda mais. Já na alimentação, uma das medidas necessárias é reduzir o consumo de carboidratos simples. Agir rapidamente é importante em uma crise de hiperglicemia Essas medidas também podem e devem ser adotadas como formas de prevenção às crises de hiperglicemia, associadas ao monitoramento dos índices glicêmicos, que pode ser feito sem sair de casa. A partir daí, é primordial tomar uma iniciativa rapidamente: quanto mais tempo a doença ficar descontrolada, maior será o risco de complicações. “As crises de hiperglicemia podem ser decorrentes da falha no tratamento medicamentoso, seja pelo uso incorreto da medicação (esquecimento ou interrupção inadvertida do tratamento) ou pela demora para ajustar doses ou realizar associações medicamentosas que permitem um melhor controle da doença”, explica Daniele. Foto: Shutterstock

Tratamento ajuda pedagoga a perder peso e se sentir melhor com seu corpo

Uma dieta balanceada e uma rotina de exercícios são importantes para a perda de peso, mas os desafios da rotina e o metabolismo lento podem impedir que algumas pessoas alcancem os resultados desejados. Por isso, é comum a procura por médicos especializados, que podem indicar e acompanhar diferentes opções de tratamento. Medicamentos supressores de apetite são importantes aliados de quem quer emagrecer, mas que, por alguma razão, não consegue alcançar o resultado esperado.   Emagrecedor acelera saciedade e promove redução de ingestão de calorias   A pedagoga e mãe de três filhos Ivana M.C., 44 anos, foi uma das pacientes que investiu neste método de emagrecimento, destacando bons resultados em conjunto com hábitos mais saudáveis. “Meu desejo era de emagrecer 9kg e com a ajuda da medicação eu consegui”, diz Ivana. Ela conta que foi acompanhada durante seis meses por uma médica endocrinologista, que lhe receitou, além do remédio, uma dieta alimentar. “Também passei a fazer atividades físicas cinco vezes por semana e melhorei consideravelmente minha qualidade de vida”, completa. Supressores de apetite, como a sibutramina, fazem com que a pessoa se sinta saciada mais rápido, reduzindo a quantidade de calorias ingeridas por refeição. “Esse efeito permite que os pacientes consigam se engajar num processo de reeducação alimentar, que deve ser mantido a longo prazo”, explica a endocrinologista Daniele Zaninelli.   Bom relacionamento entre médico e paciente faz a diferença em um tratamento   Para Ivana, o tratamento foi bastante tranquilo e sem grandes percalços. “Já estou em fase de manutenção, usando o medicamento apenas três vezes por semana. Não tive nenhum efeito colateral, durmo bem e o remédio não limitou nenhuma atividade do meu dia a dia. Sinto uma relação melhor com o meu corpo hoje do que quando eu era mais jovem”, diz. Ivana conta que perdeu, mais precisamente, 9kg e 700g, chegando ao peso atual de 60kg, e credita grande parte do resultado à sua médica, com quem construiu uma relação de confiança, respeito e admiração. “Minha médica é ótima, extremamente atenciosa, explicou tudo sobre o medicamento, ingestão de bebidas alcoólicas e esclareceu todas as minhas dúvidas”, completa.   Dra. Daniele Zaninelli é endocrinologista formada pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e atua em Curitiba. CRM-PR: 16876 Foto: Shutterstock

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