Como o mal de Alzheimer é uma doença progressiva, quanto mais tempo passa, mais os pacientes precisarão da ajuda de familiares e dos cuidadores. Nos estágios mais avançados do problema, o idoso apresenta um comprometimento cognitivo grave e, consequentemente, perde funcionalidade, precisando de supervisão constante nas atividades do dia a dia.
Momentos de lucidez no Alzheimer devem ser aproveitados pela família
Além disso, o estado de lucidez do paciente se torna cada vez mais incomum, dando lugar ao pensamento confuso e desorganizado. “Nesta fase, momentos de lucidez são possíveis. Porém, é necessário enfatizar que essa não é uma característica que possa ser prevista ou generalizada para todos os pacientes”, afirma o geriatra Ricardo Komatsu.
De acordo com o especialista, os eventuais momentos de lucidez do paciente com Alzheimer avançado devem ser desfrutados ao máximo. É importante que os entes queridos interajam com o idoso e até mesmo iniciem atividades que ainda despertam seu interesse, como assistir à televisão ou jogar xadrez e jogo da velha.
Cuidador deve evitar estressar e confundir o paciente com Alzheimer avançado
Quando o paciente não está o lúcido, o mais importante é não aumentar ainda mais seus níveis de confusão e estresse. “Por exemplo, discordar veementemente do paciente apenas irá irritá-lo. Se ele afirma que está esperando a mãe, falecida há muitos anos, em vez de insistir em afirmar que ela morreu e perturbá-lo com uma informação que certamente não será retida, o ideal é apenas distraí-lo, oferecendo um chá ou propondo uma atividade que ele aprecie”, recomenda o profissional.
Esse tipo de estratégia ajuda a prevenir conflitos e a evitar que o paciente fique mais confuso. Confrontá-lo provocará desgaste pessoal tanto para o paciente quanto para o cuidador, que precisa estar com a saúde física e mental em dia para conseguir ajudar o idoso com Alzheimer em seus últimos meses ou anos de vida.
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