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    O uso indiscriminado de antibiótico abaixa a imunidade das crianças?

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    Os antibióticos são grandes aliados no combate a infecções causadas por bactérias. Durante a infância eles são muito úteis, já que as crianças costumam ficar doentes com mais frequência por esse tipo de doença. Mas, é importante lembrar que essas medicações devem ser usadas com cautela. Será que os remédios antibióticos baixam a imunidade dos pequenos quando usados de maneira indiscriminada? Quem responde essa pergunta para o Cuidados Pela Vida é a pediatra Deborah Tonelli. Confira! 

    Antibiótico abaixa a imunidade das crianças?

     

    Segundo Dra. Deborah, o uso de antibióticos de forma arbitrária pode prejudicar o sistema imunológico dos pequenos. “O uso indiscriminado e excessivo de antibióticos pode levar à resistência bacteriana, ou seja, as bactérias sofrem alterações e os antibióticos podem não ter ação mais sobre essas bactérias, o que pode levar ao surgimento de ‘superbactérias’, que são resistentes a diversos antibióticos”, comenta a pediatra. 
    Além disso, a irresponsabilidade no manejo desse tipo de medicamentos pode, inclusive, afetar outros sistemas além do imune, como explica Dra. Deborah: “O uso indiscriminado de antibióticos pode alterar a microbiota intestinal, que é a população de microrganismos benignos, na maioria bactérias, que habita determinado órgão, como o intestino. Todos esses fatores, podem afetar a imunidade das crianças”.
    É importante lembrar que, administrado da forma correta, o antibiótico é uma solução vital para muitos problemas. Porém, seu uso deve ser feito somente com a recomendação de um profissional. “Antibióticos só combatem infecções bacterianas, ou seja, não têm ação sobre vírus, parasitas ou fungos. Dessa maneira, ele só deve ser usado quando for prescrito por médico ou cirurgião dentista para o tratamento de uma infecção causada por bactéria”, pontua a pediatra.

    Fique atento: nem sempre o antibiótico é necessário

     

    Pais e responsáveis devem ouvir as recomendações do pediatra na hora de ministrar as medicações para os filhos, principalmente os antibióticos. “É fundamental que os médicos que acompanham a criança expliquem para as famílias que a maioria das infecções que acometem as crianças é benigna e viral, sendo dessa maneira, autolimitadas, e melhoram independentemente de medicamentos”, explica Dra. Deborah. “Mesmo sinais e sintomas como febre alta e persistente, secreção nasal esverdeada, garganta com placas esbranquiçadas, dor de ouvido não são indicativos de infecção por bactéria”, informa a médica.
    Além disso, a pediatra destaca a importância de manter a calma e a segurança nos momentos em que a criança fica doente: “Os médicos devem estar aptos para tranquilizar e acalmar as famílias que acreditam que antibióticos são milagrosos e resolverão os sintomas dos filhos. Uma família bem orientada e com um pediatra por perto consegue controlar a ansiedade e evitar o uso indiscriminado de antibióticos”.

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