A ansiedade é uma sensação provocada pelo organismo que funciona como resposta adaptativa diante de um acontecimento, como por exemplo, antes de fazer uma prova ou de apresentar um projeto no trabalho. Ela é capaz de deixar alguém preocupado, inseguro e com medo. Em níveis excessivos, pode se transformar em um transtorno que demanda tratamento.
Ansiedade deixa pessoas em alerta em situações de risco
Entretanto, em níveis adequados, a ansiedade é importante para o corpo e pode favorecê-lo. “Um exemplo clássico é o da pessoa que é colocada em uma situação de perigo, em que a descarga de adrenalina envolvida na resposta ansiosa aumenta as chances de sobrevivência caso precise fugir”, afirma o psiquiatra Eduardo de Castro Humes.
O problema da ansiedade, segundo o médico, não é sua existência, mas o exagero presente nos transtornos psiquiátricos, como na síndrome do pânico e na fobia social, ocorrendo em ocasiões em que não deveria, em proporções inadequadas e sem que o indivíduo afetado consiga controlar.
Mudanças no sono e no apetite podem indicar um transtorno de ansiedade
De acordo com o especialista, alguns indícios podem indicar que a ansiedade deixou de ser algo benéfico e passou a ser um problema. Alterações duradouras para mais ou para menos de sono, de apetite e de peso, aumento do cansaço, diminuição da capacidade de se concentrar e memorizar fatos, além de dores de cabeça e no corpo são alguns exemplos.
Procurar ajuda médica para um diagnóstico preciso é o primeiro passo para controlar um caso de ansiedade exagerada. “O tratamento medicamentoso geralmente é reservado para os quadros que apresentam algum impacto mais significativo no dia a dia do pacientes”, explica Humes. Outras formas de tratamento que são indicadas em quadros leves são a psicoterapia, a prática de atividades físicas e de técnicas de meditação.
Dr. Eduardo de Castro Humes é psiquiatra e psicoterapeuta formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. CRM-SP: 108239
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