A receita para garantir um Carnaval seguro e divertido é muito simples: basta reunir os amigos e aproveitar os blocos com entusiasmo e com músicas que agradem a todos. No entanto, os cuidados com a saúde não devem ficar de lado. A prevenção às chamadas DSTs, doenças sexualmente transmissíveis, é muito importante durante esta típica festa popular e ajuda a evitar muita dor de cabeça quando a folia acabar.
Sífilis e clamídia podem atrapalhar a diversão durante o Carnaval
De acordo com a ginecologista e obstetra Cláudia Navarro, todas as doenças transmitidas durante uma relação sexual desprotegida merecem atenção, mas existem algumas mais comuns e preocupantes. “Temos a sífilis, que é causada por uma bactéria e cuja incidência tem aumentado muito nos últimos tempos. A sífilis pode se apresentar em formas de feridas genitais indolores”, destaca.
A profissional cita também a clamídia, cujo quadro dificilmente provoca sintomas, mas pode causar corrimento vaginal e ardência ao urinar. É importante mencionar ainda as doenças transmitidas por vírus. É o caso da infecção pelo papiloma vírus humano, o HPV, do herpes genital, que provoca coceira e feridas na região genital, e da infecção pelo HIV, um dos mais graves problemas de saúde da atualidade.
Camisinha ajuda na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis
O vírus HIV não se manifesta enquanto está incubado. Entretanto, quando o organismo desenvolve a Aids, o paciente pode ter inúmeros problemas devido à baixa imunidade. “Nem sempre uma DST vai apresentar sintomas e, quando apresenta, o problema já pode estar grave. Muitas pessoas aparentam estar saudáveis e podem estar acometidas por alguma DST”, lembra a médica.
Por isso, é fundamental aprender a como se prevenir das doenças sexualmente transmissíveis. “Camisinha é a principal forma de prevenção, tanto no sexo oral quanto nas relações envolvendo penetração. Também não é recomendável compartilhar roupas íntimas e evitar contato direto com o sangue alheio”, recomenda Dra. Cláudia. Ao notar algum sintoma, é preciso procurar um médico para investigar o que está acontecendo. Entretanto, como muitas DSTs não apresentam sinais, é importante sempre fazer exames de rotina.
Dra. Cláudia Navarro Carvalho Duarte Lemos é ginecologista e obstetra, com ênfase em Reprodução Humana, graduada e especializada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). CRM-MG: 21198
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