Carnaval é um período de festa em que muitos homens e mulheres solteiras se jogam na folia em busca de um novo amor ou simplesmente vão atrás apenas de alguns dias de prazer. Só que tanta curtição precisa ser aproveitada com cautela quando o assunto é herpes, uma doença que pode ser transmitida com facilidade nesta época.
Beijo na boca pode transmitir herpes?
Uma das maneiras de propagação do herpes labial é o beijo na boca. O vírus herpes simples 1 está presente em salivas e lábios de pessoas contaminadas. Porém, não é tão fácil saber se a pessoa que está curtindo o Carnaval ao seu lado possui o herpes, já que a maioria dos infectados não apresentam sintomas. Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada pela Universidade de Bristol, na Inglaterra, com a Organização Mundial de Saúde (OMS) concluiu que 3,7 bilhões de pessoas com menos de 50 anos têm a doença.
É válido ter a atenção aos sinais ativos do herpes. As lesões características da doença são pequenas bolhas avermelhadas e agrupadas presentes nos lábios ou na mucosa oral dos infectados, que costumam sentir ardor e coceira no local. “Essas lesões aumentam consideravelmente a probabilidade de transmissão da doença entre as pessoas e duram entre sete a dez dias”, destaca a biomédica Antonia de Castro.
O beijo não é a única maneira possível de se contaminar com o herpes labial. O compartilhamento de copos, talheres, batons e protetores labiais com alguém que possui a lesão ativa já são suficientes para a infecção. Uma opção de prevenção é a suplementação de lisina, um aminoácido encontrado no feijão, lentilha, derivados de leite, entre outros alimentos, que contribui para a supressão do vírus do herpes.
Camisinha previne o herpes genital
Além do herpes labial, também devemos ter atenção ao herpes genital, que é uma doença sexualmente transmissível (DST) e não tem cura. Assim como a doença que atinge os lábios, ela também é, na maioria dos casos, assintomática, ou apresenta sinais de forma branda. Os sintomas que podem aparecer são os mesmos do herpes labial, porém podem ser acompanhados de febre, dores musculares, mal-estar e até dores ao urinar.
O herpes genital pode ser transmitido em relações sexuais desprotegidas, ou seja, sem o uso de camisinha (preservativos), contato direto com as feridas e o compartilhamento de roupas íntimas, como toalhas, por exemplo.
Tratamento ajuda o herpes a não se espalhar
Os vírus causadores do herpes labial e genital permanecem no organismo das pessoas por toda a vida, em estado latente, especialmente nos nervos, ficando ativos em momentos de estresse e baixa imunológica. Apesar disso, não há motivo para preocupação, existe tratamento e quanto antes ele for iniciado, melhor. “É importante procurar um médico assim que suspeitar de alguma infecção. O diagnóstico precoce colabora para que as lesões e feridas não se espalhem por outras áreas do corpo, não voltem a acontecer e se agravem”, afirma Antonia.
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