O Herpes é uma infecção viral transmitida por meio do contato de mucosas infectadas e atinge adultos, idosos e crianças. O problema requer tratamento, especialmente por causa das possíveis complicações, que podem atingir o fígado e o cérebro.
A infecção pode ser identificada pela presença de lesões, parecidas com bolhas, na boca, na bochecha e no queixo. Essas bolhas se rompem, provocam coceira e ardência e podem levar a um estado febril. Outra possível manifestação é a estomatite herpética, identificada como aftas na boca e na gengiva.
Transmissão de herpes infantil
Boa parte do contato com o vírus nos primeiros anos de vida se dá através da mãe. “É muito comum que os recém-nascidos adquiram o vírus diretamente da mãe, seja pelo canal de parto ou pelo contato direto com a mãe, sendo até 90% dos casos no período perinatal”, afirma o infectologista Taylor Olivo. O período perinatal se estende da 22ª semana de gestação até o sétimo dia de vida.
“A melhoria das condições socioeconômicas e medidas de higiene reduziram a prevalência e transmissibilidade do herpes entre as pessoas e os recém-nascidos”, conta Olivo. No entanto, a transmissão no parto ainda acontece, especialmente em portadoras assintomáticas. A mudança da via do parto não é recomendada, a não ser que haja lesão ativa na região genital.
Em outros casos, também há risco de contágio na escola por causa da grande circulação de pessoas e do contato com professores e colegas.
Sintomas de herpes infantil
Os sintomas podem ser mais intensos ou mais brandos dependendo do desenvolvimento do sistema imunológico da criança. Em geral:
- Febre;
- Feridas na boca, gengiva, lábios;
- Desconforto para engolir;
- Sensibilidade antes do surgimento das feridas.
Como tratar herpes infantil
A doença precisa ser tratada com cuidado para que o vírus não se aproveite do sistema imunológico despreparado e acabe provocando danos no sistema nervoso central. Segundo Olivo, o tratamento é basicamente o mesmo para crianças e adultos. São usados medicamentos antivirais disponíveis para administração oral ou com injeções. É importante levar o bebê ou a criança em um pediatra, já que algumas medicações, de acordo com o infectologista, não devem ser utilizadas em menores de 12 anos devido à falta de dados que garantam a segurança do uso e também à resistência de algumas cepas do vírus.