Tanto na contusão quanto na torção e na luxação, o paciente irá se queixar de dores no local da lesão, inchaço (edema) e dificuldade de movimentação da região acometida. Todavia, cada um desses traumas possui particularidades (seja na forma como ocorrem ou em intensidade), o que permite que sejam diferenciados e analisados separadamente. Vamos a elas?
Diferenças entre contusão, torção e luxação
“Contusão é o termo genérico que se refere à ocorrência de um trauma musculoesquelético, tenha ele ocorrido em um grupamento muscular ou em uma articulação. A torção, ou entorse, é a perda parcial da congruência articular. E a luxação é perda completa da congruência articular, seja ela de forma repentina ou duradoura”, resume o ortopedista Vinícius Magno.
Segundo o médico, a contusão pode gerar tanto uma torção, como uma luxação, dependendo da quantidade de energia envolvida no trauma. Na luxação a intensidade do trauma é maior, sendo mais comum o estiramento ou ruptura de um ou mais elementos estabilizadores da articulação (cápsula e ligamentos). Isso torna essas lesões mais graves.
Formas de tratar cada um dos traumas
Em geral, a contusão e a entorse podem ser tratadas com medidas locais de analgesia, como compressas geladas e imobilização. Analgésicos e anti-inflamatórios orais ou tópicos, em spray ou gel, podem ser associados para abreviar os sintomas. Já no caso das luxações, o tratamento deve ser individualizado de acordo com a articulação acometida, presença de lesões associadas (lesões ligamentares, neurovasculares), idade do paciente e atividades desenvolvidas por ele antes da lesão.
“É importante destacar que toda luxação deve ser abordada o mais rápido possível a fim de que seja restaurada a congruência articular. Do contrário, pode ocorrer agravamento da lesão articular e sequelas irreversíveis. Em alguns casos, como na luxação de joelho, por exemplo, podem se associar lesões vasculares que necessitam de intervenção cirúrgica emergencial para a preservação do membro”.
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