search
Título

Sintomas da herpes zóster: como reconhecer e tratar esse problema

Cuidados e Bem-estar
Sintomas

Por Dra Daniela Lemes

28 de junho de 2024

Os sintomas da herpes zóster, uma doença dermatológica mais conhecida como cobreiro, são causados pelo mesmo vírus da catapora, o varicela-zoster. Geralmente, as pessoas que mais sofrem com a manifestação clínica da doença são as que têm mais de 50 anos e/ou têm a imunidade baixa. Isso torna ainda mais importante reconhecer e tratar o problema o quanto antes. Afinal, estamos falando de um grupo que está mais vulnerável às complicações da infecção.  

Para nos ajudar a entender, em detalhes, o que é herpes zóster, quais são os sintomas e as formas de tratar esse problema, conversamos com a dermatologista Daniela Lemes. Leia a seguir.  

Sintomas da herpes zóster incluem bolhas, coceira e dor localizada                             

Antes de mais nada, é importante entender que a herpes zóster afeta pessoas que já tiveram catapora e que têm o vírus alojado no sistema nervoso, na forma inativada e sem manifestar as feridas. Porém, segundo a especialista Daniela Lemes, o avanço da idade e a diminuição do sistema imune influenciam uma nova manifestação do vírus.  

A médica também explica que essa carga viral desencadeia os seguintes sintomas no corpo: pequenas bolhas de líquido agrupadas, formigamento, dormência, coceira e dor aguda localizada (que pode, inclusive, aparecer alguns dias antes da lesão). Outras características muito específicas da doença são a distribuição das bolhas em formato linear ou em formato de faixa e a erupção na pele em apenas um lado do corpo. Isto é, no lado esquerdo ou direito. 

Também é importante destacar que esses sinais geralmente aparecem no tronco, nos membros e no rosto, e que quando aparecem na face, a urgência médica é ainda maior. Como esclareceu a profissional, ˜sintomas de herpes zoster no rosto são gravíssimos e costumam necessitar de internação. Pacientes que apresentam esse problema precisam de tratamento endovenoso para prevenir complicações como cegueira e meningite. 

Quanto tempo duram os sintomas da doença? 

O tempo de duração desde o início até o desaparecimento total dos sintomas é, em média, de três a cinco semanas. Porém, a especialista com quem conversamos alertou que a dor pode persistir por um longo período, especialmente se a infecção não for tratada no início. Essa dor que persiste por mais de três meses após o início dos primeiros sintomas é chamada de neuralgia pós-herpética e pode ser considerada a complicação mais comum da doença. Para minimizar o risco, o diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais.  

Herpes zóster é contagioso? 

O herpes zóster em si não é contagioso. No entanto, o vírus que causa a doença pode ser transmitido se houver contato com as lesões durante a fase de bolha, quando o vírus está presente no líquido. Porém, nesse caso a pessoa infectada pegaria catapora, não herpes zóster. Vale ressaltar que a contaminação também pode acontecer por inalação de partículas virais, mas a probabilidade é menor. 

Diagnóstico do herpes zóster é feito com base nos sintomas e em exames complementares  

Com toda certeza, a avaliação clínica do dermatologista é indispensável para o diagnóstico de herpes zóster. Em outras palavras, o profissional vai observar os sintomas do cobreiro na pele e avaliar se eles têm semelhança com os sinais típicos da infecção. A dermatologista Daniela pontua que “a dor que segue o caminho de um nervo específico associada às lesões cutâneas facilita o diagnóstico”. 

Do mesmo modo, exames complementares podem ser feitos para detectar a presença do vírus varicela-zoster. Testes de PCR, exames sorológicos, e amostra do líquido das lesões da pele, por exemplo, podem embasar o diagnóstico e dar suporte para a escolha do melhor tratamento.  

Tratamento da herpes zóster pode incluir medicamentos antivirais e anti-inflamatórios 

O protocolo de tratamento da herpes zóster depende do quanto a doença está avançada. Afinal, em casos extremos, a herpes-zoster pode provocar sintomas neurológicos, oftalmológicos e neuropáticos (dor relacionada às disfunções nos nervos). Mas, em geral, a terapia pode incluir medicamentos antivirais, anti-inflamatórios e analgésicos. De acordo com a médica dermatologista, os antivirais são indispensáveis para limitar a extensão, gravidade e duração da doença. 

Em resumo, apesar do herpes zóster não ter cura, o tratamento médico precoce e bem orientado tem grandes chances de ser bem-sucedido e conter os sintomas. Por isso, é importante ter atenção aos sinais clínicos que mencionamos neste artigo e procurar um especialista caso seja necessário.  

Newsletter
Tags
herpes zóster
Compartilhamento

Posts relacionados

Artigos
Quais são os efeitos do estresse no organismo?

O estresse influencia na manifestação de diversos problemas no organismo, tanto na parte mental quanto física. O acúmulo dele ao longo da vida contribui para a manifestação de doenças e transtornos sérios, como depressão, hipertensão, ansiedade, infarto, dentre outros. Por isso, é importante evitar ao máximo situações estressantes, o que é difícil na rotina agitada, mas […]

Artigos
Vacinas pela Vida: saiba mais sobre os imunizantes contra o coronavírus disponíveis

Você ainda tem dúvidas sobre o funcionamento das vacinas contra o coronavírus que estão sendo disponibilizadas? Separamos os principais questionamentos sobre os imunizantes para te responder. Aproveite para saber mais e se engajar na causa. Confira! Qual a diferença entre as vacinas do coronavírus? A diferença entre as vacinas está relacionada à forma como cada […]

Artigos
Valvulopatias: Saiba tudo sobre esses distúrbios do coração

O coração é um músculo que contrai e relaxa constantemente para cumprir sua principal função: bombear sangue cheio de oxigênio e nutrientes para todo corpo humano. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), ele funciona como uma “bomba hidráulica”, em que os tubos de saída seriam as artérias e os de entrada, as […]

Converse com um dos nossos atendentes