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    Síndrome do pânico: como é o ajuste na dosagem dos remédios no tratamento?

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    A síndrome do pânico é um transtorno psiquiátrico marcado pela sensação inesperada de desespero que toma conta do paciente, fazendo-o acreditar que está em perigo e provocando falta de ar, suor excessivo e taquicardia. Parte do tratamento é feita com o consumo de medicações prescritas pelo médico, cujas doses podem ser alteradas com o passar do tempo.

    Dose do remédio pode ser ajustada a partir do segundo mês de tratamento


    “Considerando o
    principal tratamento, que é com antidepressivo, a dosagem costuma levar cerca de 15 dias para começar sua ação, em geral. Assim, não há como aumentar a dosagem antes de 30 dias”, afirma o psiquiatra Marcelo Calcagno Reinhardt. O ideal, segundo o especialista, é começar com subdoses para evitar o acréscimo de ansiedade e outros possíveis efeitos colaterais.
    O profissional considera que, depois dos primeiros 15 dias, são necessárias mais duas semanas antes de mudar a dosagem para avaliar o efeito das medicações no quadro do paciente. “Após este período, se não apresentar eficácia significativa, o médico pode aumentar a dose. Para um alívio maior e imediato dos sintomas, é muito comum utilizar os benzodiazepínicos, pois agem rapidamente”, completa o psiquiatra.

    Consultas mensais permitem avaliar a eficácia do tratamento da síndrome do pânico


    No entanto, existe um certo risco envolvendo o uso de benzodiazepínicos, já que estes medicamentos podem causar dependência. Assim, Calcagno diz que é importante retirá-los do tratamento do transtorno do pânico assim que possível, ou pelo menos, recomendar que o paciente somente utilize-os durante
    episódios de crise.

    A avaliação da evolução da doença deve ser feita em consultas periódicas, preferencialmente a cada mês. O médico deverá avaliar diversos aspectos, como a frequência e a intensidade dos surtos e a diminuição dos prejuízos causados pela síndrome no dia a dia, e poderá propor a retirada gradual do antidepressivo, de acordo com o caso, após um período de pelo menos um ano. É importante lembrar que abordagens não medicamentosas, como a psicoterapia, ajudam a tornar o tratamento ainda mais eficaz.

    Dr. Marcelo Calcagno Reinhardt é formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua em Florianópolis (SC). CRM-SC: 10573
    Foto: Shutterstock

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