Ter boas noites de sono é de grande importância para a saúde do corpo. Dormir bem ajuda, por exemplo, na capacidade de aprender e memorizar informações, além de recuperar a energia perdida depois de um longo dia. No entanto, alguns hábitos, como fazer refeições muito fartas no jantar, podem prejudicar a qualidade do sono.
Jantar farto pode interromper o sono no meio da noite
“Comer muito durante a noite pode atrapalhar o sono e provocar pesadelos. O ponto principal está no tipo de alimento, nutrientes ingeridos e na carga calórica dessa refeição, que pode jogar contra ou a favor. Alimentos leves e em pouca quantidade não parecem interferir negativamente”, afirma o especialista em Medicina do Sono Franco Chies Martins. Além disso, é importante prestar atenção ao horário: o jantar deve ser feito até duas horas antes de dormir.
De acordo com o profissional, o sono é um processo natural e devemos fazer o que for possível para não atrapalhá-lo. A feijoada no jantar, portanto, deve ser evitada, assim como alguns alimentos e bebidas. “Refrigerantes de cola, café, chocolate e chá preto estimulam a atividade cerebral, causando insônia e despertares, e bebidas com gás propiciam aparecimento de refluxo ao deitar, interferindo na estabilidade do sono”, afirma.
Comer muito no jantar pode causar refluxo gastroesofágico
O jantar também não deve conter bebidas alcoólicas, que relaxam a musculatura, intensificando o ronco e a apneia do sono, e desestabilizam a atividade do cérebro, fazendo com que o corpo acorde no meio da noite, resultando na ressaca matinal. Por outro lado, bananas, castanhas e amêndoas são boas opções por terem triptofano, envolvido na produção da melatonina, o hormônio do sono. Martins também recomenda chá de camomila ou erva doce, sem açúcar.
Além de prejudicar o sono, jantares fartos aumentam as chances de ganhar peso e de desenvolver refluxo gastroesofágico, hipertensão arterial e alto nível de colesterol. “A refeição noturna farta promove pico de glicose e insulina, relacionados ao diabetes, colesterol e triglicérides, refletindo em risco cardiovascular”, alerta o especialista.
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