A qualidade das lágrimas é muito importante para a saúde ocular. O comprometimento dessa produção pode favorecer a chamada síndrome do olho seco, doença que pode ser crônica e deixar os olhos secos e ardendo. O oftalmologista Aron Guimarães explicou para a equipe do Cuidados Pela Vida quais fatores são capazes de prejudicar a produção de lágrimas e deixar o olho seco. Confira!
Diabetes e idade avançada são fatores de risco para olhos secos
Os olhos secos são causados por disfunções na qualidade lacrimal, seja pela redução das lágrimas ou por uma alteração da sua composição. “Nossa lágrima não tem apenas água. Ela é formada por diversos componentes, como lipídios (gorduras), que têm um papel fundamental na lubrificação ocular”, explica o oftalmologista, que completa: “Caso esses componentes sejam produzidos em quantidade ou qualidade diferentes do normal, a lágrima não terá a mesma eficácia na lubrificação ocular”.
Alguns fatores, segundo Dr. Guimarães, aumentam ainda mais o risco de desenvolver a síndrome do olho seco: “Idade acima de 50 anos, menopausa, diabetes, rosácea e doenças autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus, podem facilitar o olho seco”. Outras motivações para a doença têm ligação direta com os cuidados com os olhos: usar lentes de contato excessivamente e passar muito tempo em frente ao computador também podem prejudicar a saúde ocular.
Olho seco: sintomas intensos podem significar infecção
De acordo com o especialista, é possível evitar a síndrome do olho seco com alguns cuidados básicos: “É importante evitar uso prolongado de lentes de contato, ter controle adequado das doenças autoimunes (caso o paciente possua) e evitar a exposição excessiva a computadores – o ideal é fazer uma pausa de 5 a 10 minutos a cada hora”.
No caso de um diagnóstico confirmado, um colírio para olho seco pode ser receitado pelo oftalmologista, como lágrima artificial, ou até mesmo um plug lacrimal. No entanto, é importante entrar em contato com o médico logo nos primeiros sintomas, pois uma forma avançada da doença pode evoluir para problemas mais graves. “Em casos mais avançados, o paciente pode desenvolver úlceras de córnea, com infecção secundária e até perda definitiva da visão”, finaliza Dr. Guimarães.