A síndrome do olho seco, também conhecida como síndrome da disfunção lacrimal, é uma doença que acomete a saúde ocular, gera desconforto e prejudica a visão. O dia 10 de julho é o Dia Mundial da Saúde Ocular, para ajudar na conscientização sobre a importância dos cuidados com os olhos, convidamos o oftalmologista Aron Guimarães para tirar dúvidas sobre esse problema e seus principais sintomas. Confira!
O que é síndrome do olho seco? Sintomas são variados
“A síndrome do olho seco é causada por uma redução da produção de lágrimas (que são produzidas por glândulas localizadas ao redor do globo ocular) ou pela produção de uma lágrima de composição alterada”, define Dr. Guimarães, que continua: “É uma doença ou condição que afeta pessoas das mais variadas idades e se caracteriza pelo ressecamento da superfície ocular”.
O especialista explica que nossas lágrimas são formadas por vários componentes, “como os lipídios (gorduras), que têm um papel fundamental na lubrificação ocular. Caso esses componentes sejam produzidos em quantidade ou qualidade diferentes do normal, a lágrima não terá a mesma eficácia na lubrificação ocular”. Um dos sintomas mais comuns, de acordo com o médico, é a fotossensibilidade, ou seja, o aumento da sensibilidade à luz.
Quem desenvolve a síndrome do olho seco também pode se queixar da sensação de areia nos olhos, como se corpos estranhos estivessem no olho causando incômodo. Vermelhidão, ardência, coceira, visão embaçada e lacrimejamento frequente também são sintomas comuns.
Os fatores que aumentam o risco da síndrome do olho seco são diversos: faixa etária acima dos 50 anos, tanto nos homens quanto nas mulheres; menopausa; doenças autoimunes, como artrite reumatoide e lúpus, e doenças crônicas, como diabetes e rosácea. Além disso, o oftalmologista destaca que o uso de lentes de contato e o tempo prolongado de exposição em frente ao computador pode tornar a pessoa mais propensa a desenvolver a síndrome da disfunção lacrimal.
Síndrome do olho seco: lágrima artificial é opção de tratamento
No que diz respeito aos tratamentos para a síndrome, algumas opções podem ser indicadas pelo oftalmologista. A lágrima artificial é uma espécie de colírio que consegue substituir o filme lacrimal e recobrir a parte interna do olho, trazendo mais conforto e alívio para o incômodo causado pela doença. É importante lembrar que essa síndrome pode ser crônica ou não. O caso deve ser avaliado por um especialista.
Em casos de doenças autoimunes que desencadeiam a síndrome do olho seco, um imunossupressor pode ser prescrito pelo oftalmologista como um paliativo para os sintomas. Outros tratamentos possíveis incluem o plug lacrimal e a cirurgia das glândulas salivares. Vale lembrar que a automedicação nunca é recomendada: procure um oftalmologista para avaliar o melhor tratamento para o seu caso.