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Puberdade precoce pode passar de pai para filho?

Cuidados e Bem-estar
Saúde Infantil

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14 de novembro de 2023

A puberdade precoce, assim como diversas outras doenças, possui um caráter genético muito forte, ou seja, a herança familiar pode ser um fator predominante para a manifestação dos sintomas. Sendo assim, filhos e filhas de pais e mães que sofreram com o problema na infância têm maior probabilidade de serem afetados pelo mesmo quadro. 

Herança genética e puberdade precoce


“A puberdade precoce pode ter ocorrência familiar através de influência genética. Existem mutações em genes que podem modular o início da puberdade
tanto em meninos quanto em meninas. Essas mutações podem alterar a sinalização celular e o estímulo dos hormônios que induzem a hipófise a produzir as gonadotrofinas (hormônios que estimulam os ovários ou os testículos)”, informa o endocrinologista Lúcio Vieira. 

Ainda segundo o médico, a herança genética pode ter penetrancia incompleta, ou seja, nem todos os portadores serão acometidos, e também pode ser dependente do sexo do filho para manifestar ou não os sintomas de puberdade precoce. “No caso da transmissão genética, não há como impedir a transmissão para o filho, pois ela ocorre ao acaso. Mesmo assim, podemos impedir que a doença se manifeste por meio do diagnóstico precoce dos sintomas e do bloqueio hormonal”, afirma o especialista. 

Diagnóstico e tratamento


Nos casos de crianças cujos pais tiveram puberdade precoce, o histórico familiar pode ajudar na obtenção de um diagnóstico e tratamento precoces. “A ocorrência familiar, caracterizada pela ocorrência de mais de um indivíduo afetado na família,
reforça a influência de fatores hereditários. Portanto, o diagnóstico precoce pode ser realizado por meio de testes de biologia molecular”, explica o endocrinologista.

O tratamento da puberdade precoce consiste em estacionar os sintomas de puberdade que começam a se manifestar ainda na infância, para que os mesmos só sejam “liberados” no momento correto. Em muitos casos, isso é feito com uso de medicamentos a base de hormônios. Também pode ser interessante que a criança tenha assistência psicoterápica para lidar com o problema nessa fase da vida tão sensível. 

 

Foto: Shutterstock

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