Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo (SBU-SP), aproximadamente metade dos homens acima dos 50 anos tem disfunção erétil, bem como 50% dos homens diabéticos. Apesar de ser um problema comum, a impotência sexual pode ser causada por diversos motivos, desde problemas físicos até mesmo emocionais e psicológicos. Para entender melhor a relação entre saúde mental e impotência masculina, conversamos com o urologista Paulo Emílio Fuganti. Confira!
Disfunção erétil psicológica é possível?
De acordo com o especialista, problemas emocionais podem interferir na ereção. “A ereção é um processo complexo e que depende que várias partes do corpo trabalhem bem e em conjunto. Isto inclui a nossa mente”, explica o urologista. “Por vezes, observamos homens que têm problemas de ereção em fases mais conturbadas de suas vidas e que depois melhoram. O cérebro tem, então, uma função importante na ereção”, continua o médico.
Homens com mais de 40 anos são os mais atingidos pela disfunção erétil, segundo Dr. Fuganti. “A tendência é que sejam encontrados problemas orgânicos mais frequentemente nos mais velhos, então, o papel psicológico proporcionalmente fica menos frequente. Por outro lado, entre os mais jovens, as doenças significantes são menos comuns e o fator psicológico é mais frequente. Contudo, há exceções e algumas vezes encontramos doenças importantes e disfunção erétil em jovens”, diz o urologista.
Que outros problemas podem causar disfunção erétil?
Além de fatores psicológicos, outros motivos podem levar à disfunção erétil, como hipertensão arterial, obesidade, diabetes, colesterol alto e tabagismo. Essas doenças dificultam o fluxo sanguíneo na região do pênis, impossibilitando a ereção. Lesões no sistema nervoso ou tratamento para o câncer de próstata também podem ocasionar a impotência sexual, visto que bloqueiam os impulsos nervosos do cérebro e da medula espinhal para o pênis.
O tratamento da disfunção erétil demanda do paciente mudanças em seu estilo de vida. A prática de exercícios físicos regulares e uma alimentação equilibrada, rica em verduras, legumes e frutas e com baixo teor de gordura, refinados e industrializados, é aconselhada para pacientes com essa condição. É necessário evitar o consumo de álcool e parar de fumar é essencial. “É importante que causas não psicológicas sejam descartadas, como problemas hormonais, alterações de irrigação sanguínea e outras. Aí o tratamento pode consistir em uso de medicamentos associados a tratamento psicológico”, conclui Dr. Fuganti.
Dados da Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo (SBU-SP): https://sbu-sp.org.br/publico/disfuncao-eretil/