A forma mais conhecida da calvície é a que a genética está envolvida, chamada de alopecia androgenética, e é um problema que pode afetar tanto os homens quanto as mulheres. No entanto, essa queda excessiva de cabelo e a falta de reposição dos fios que caracterizam a calvície são mais comuns no sexo masculino.
Homem precisa de apenas um gene para ter calvície
“A herança da calvície pode ser paterna ou materna. Para homens, basta herdar um gene de pai ou mãe. Já para a mulher desenvolver a condição precisa herdar o gene materno e paterno. Se ela herdar apenas de um deles, torna-se portadora mas não desenvolve. Por isso, a incidência é maior em homens”, afirma a dermatologista Ana Lucia Recio.
Entre os homens, os primeiros sinais da calvície aparecem nas entradas e no topo da cabeça, mas a perda dos fios avança com o passar do tempo e pode piorar com o uso de hormônios masculinos. “Seu uso para melhorar a massa muscular e a libido funciona como um agravante. Se esse homem não tem o gene, ao interromper o uso do hormônio, a evolução da calvície para”, explica a médica.
Tratamento contra calvície pode ser feito com medicamento tópico
O tratamento, principalmente quando iniciado nos estágios iniciais, é capaz de interromper o avanço da calvície. Segundo Ana Lucia, uma avaliação médica individualizada permite estabelecer o melhor protocolo para cada caso em questão. O uso de medicação tópica costuma ser bastante indicado para ambos os sexos e é a forma de tratamento com menos efeitos colaterais.
“O uso de xampu antisseborreico pode ser útil para minimizar a oleosidade que, se muito intensa, causa desconforto ao paciente, com coceira, descamação e dor no couro cabeludo. O cabelo deve ser lavado todo dia”, recomenda a dermatologista. Atualmente, um equipamento com laser de baixa potência (LED) tem sido usado com ação anti-inflamatória de forma coadjuvante ao tratamento.
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