A calvície é um dos problemas estéticos que mais perturbam os homens. Como a Medicina até hoje estuda quais são os fatores que influenciam no surgimento da condição, ainda existem muitos mitos a seu respeito, como aquele que diz que o lado materno da família é o grande responsável pela queda intensa dos fios.
Calvície é resultado de várias alterações genéticas
No entanto, segundo o dermatologista Bruno Vargas, não é bem assim. “As características físicas de cada pessoa, como a calvície, são determinadas por diversos motivos, assim como pelas diferenças na sequência do DNA de cada gene. A predisposição à calvície genética não é determinada por uma herança simples ou apenas um gene. Ela ocorre por alterações em diversos genes, localizados em diferentes cromossomos”, afirma.
O profissional explica que o gene AR, encontrado no cromossomo X, é um dos mais estudados e um dos possíveis genes envolvidos na calvície. “Esse é o cromossomo que os homens herdam da mãe e, por isso, existe a crença de que a calvície genética vem do lado materno. Entretanto, a Ciência ainda não determinou com exatidão as alterações genéticas exatas que conferem maior tendência à calvície”.
Homens sem parentes maternos carecas podem ter calvície
Se realmente fosse dessa forma, como seria possível explicar filhos calvos que têm somente o pai ou parentes paternos com problemas de calvície? É importante saber que mesmo herdando alterações genéticas semelhantes, cada um pode expressá-la de forma e intensidade variáveis, chegando ao ponto de até mesmo não expressá-las.
Porém, se um homem está preocupado em ter calvície e tem membros da família calvos, a recomendação é procurar um dermatologista para investir na prevenção, que começa com o exame de tricoscopia, que identifica os primeiros sinais do problema. Nestes casos, podem ser indicadas algumas medidas, como mudanças na alimentação, redução do estresse e uso de medicações para retardar a queda de cabelo.
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