As parasitoses intestinais são infecções causadas por vermes e protozoários e que provocam diarreia, náuseas, vômitos e até problemas de sono. Entre os casos mais comuns estão a ascaridíase, a amebíase e a giardíase. Apesar de serem quadros vistos em pessoas de todas as idades, existe um grupo que costuma ser mais afetado pelos parasitas intestinais: as crianças.
Problemas de higiene tornam crianças mais suscetíveis a parasitoses intestinais
“As crianças têm hábitos de higiene mais precários, como brincar em contato direto com o solo ou terra, levar as mãos ou objetos sujos à boca, além de não conseguirem realizar sua própria higiene corretamente e com frequência não higienizarem as mãos como deveriam”, afirma a especialista em doenças infectoparasitárias Diana Ventura.
As parasitoses intestinais são transmitidas por agentes encontrados na água, nos alimentos e também no solo. A situação é mais grave nos locais em que não há saneamento básico, geralmente mais pobres, em que as crianças andam sem calçados, muitas vezes não têm água limpa para lavar as mãos e acabam até consumindo essa água contaminada.
Crianças sofrem mais facilmente com desidratação
Além de formarem o grupo mais suscetível às parasitoses, as crianças também são as que mais sofrem com os sintomas e as complicações. “As crianças tendem a desidratar com mais facilidade durante os quadros de parasitoses intestinais, principalmente as pequenas, menores de 2 anos”, destaca a médica. Nelas, a desidratação tende ainda a ser mais grave.
Nas crianças, a base do tratamento não muda em relação aos adultos, sendo composta pela reposição de líquidos e pelo combate aos sintomas com uso de medicamentos. Os pais e responsáveis exercem papel fundamental na prevenção, não esquecendo da importância das vacinas, ensinando a não levar objetos e a mão à boca e a lavar as mãos corretamente, principalmente depois de ir ao banheiro e antes das refeições.
Dra. Diana Galvão Ventura é especialista em doenças infectoparasitárias e mestre em microbiologia médica humana pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), além de chefe do serviço de controle de infecção hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fiocruz-RJ. CRM-RJ: 5272472-6
Foto: Shutterstock