A osteoporose é caracterizada por uma gradativa redução da densidade mineral do tecido ósseo, provocando uma fragilização dos ossos e, frequentemente, causando fraturas. A doença pode ser alocada em dois grupos com causas distintas: osteoporose primária e secundária. Quais as diferenças entre elas? Descubra!
“A osteoporose primária se refere à maioria dos casos e está relacionada mais diretamente aos processos de envelhecimento (chamada de senil ou tipo II). Nela, está também a osteoporose pós-menopausa (classificada como tipo I). Já o tipo secundário é um conjunto amplo que engloba causas metabólicas e também aquelas relacionadas a fatores de risco, como o tabagismo”, explica o geriatra Leonardo Minozzo.
Estima-se que pelo menos 30% das pessoas têm osteoporose em função de alguma doença. Entre as principais causas de osteoporose secundária estão as doenças renais crônicas, doenças hepáticas, distúrbios da tireoide, artrite reumatoide e doenças inflamatórias intestinais crônicas.
Existe diferença no tratamento entre a osteoporose primária e secundária?
De acordo com o médico, o tratamento da maior parte dos casos é feito de forma ampla para ambos os tipos de osteoporose, incluindo uma alimentação com níveis adequados de cálcio e vitamina D, exercícios físicos para desenvolver resistência e força e uso de medicamentos.
No entanto, o tratamento pode variar a partir dos fatores relacionados à causa da doença que provocou a osteoporose secundária e também conforme o sexo do paciente. “Outro aspecto que pode modificar o tratamento é a resposta às medicações e o grau de diminuição de densidade óssea. Há, atualmente, medicações injetáveis com potencial de aumentar a densidade óssea. As indicações, no entanto, precisam ser bem analisadas”, completa o especialista.
É possível prevenir o desenvolvimento da doença?
Evitar alguns hábitos e fatores capazes de desencadear a osteoporose são formas de prevenir o problema. “O tabagismo, a desnutrição em suas diversas formas, o uso de medicamentos como corticoides e anticonvulsivantes por longo período, a insuficiência renal e doenças ligadas aos hormônios, como o hipotireoidismo, são considerados fatores de risco”, cita Dr. Minozzo.
Além disso, há outras formas de prevenção, como ter uma dieta rica em nutrientes essenciais para a saúde dos ossos (cálcio e vitamina D), praticar atividades físicas de baixo impacto, como natação, caminhada e pilates, e se consultar frequentemente com um especialista, realizando exames preventivos, como a densitometria óssea.