A prevenção é, em geral, a melhor forma de combater a maior parte das doenças. No caso da osteoporose, esse cuidado é ainda mais importante, já que a doença é silenciosa, não apresenta sintomas, e muita gente acaba descobrindo tarde demais. Caracterizada pelo enfraquecimento dos ossos, a osteoporose atinge, em geral, pessoas idosas, principalmente mulheres em período pós-menopausa. Alguns cuidados podem evitar que o paciente sofra os efeitos, mas o exame preventivo é a opção mais segura para descobrir e começar o tratamento o quanto antes.
A importância da densitometria óssea para diagnóstico da doença
Os exames de rotina e preventivos têm papel fundamental no combate da doença e das suas consequências. Diante de qualquer suspeita, o médico deve encaminhar o paciente para realizar uma densitometria óssea. “O exame é ideal, pois detecta a redução da massa óssea de maneira rápida e precisa. O melhor momento para realizá-lo é após os 50 anos de idade, principalmente nas mulheres após a menopausa”, explica o ginecologista José Antonio Zelaquett. Esse método possui a vantagem de produzir pouca exposição à radiação. O exame, em geral, só leva alguns minutos e é indolor. “A densitometria óssea é realizada na coluna vertebral e no fêmur, que são as áreas mais afetadas pela doença”.
O desenvolvimento da osteoporose vem da genética
Zelaquett explica que a doença em si não é genética, mas que a dificuldade de absorção de cálcio e produção de vitamina D pode ser. “Com isso, existe um risco maior do desenvolvimento de uma osteoporose nos membros de uma mesma família”, explica o médico. “No entanto, com mudanças nos hábitos do dia a dia, a pessoa consegue reverter esse risco familiar”.
Outras características também estão mais propensas a desenvolver osteoporose: alguns tipos de câncer, alimentação deficiente, sedentarismo, excesso de bebida alcoólica e cigarro são alguns dos fatores de risco. Por isso, qualquer pessoa nessas condições deve fazer exames preventivos o mais breve possível, dado que a descoberta nos primeiros estágios possibilita a reversão do quadro.
Alimentação e atividades físicas fazem parte da prevenção
A osteoporose não tem cura, mas é possível evitar os danos da doença com mudanças no seu dia a dia. “Dentro de casa já começam as mudanças, como facilitar o acesso do paciente e retirar tapetes que podem causar quedas e, com isso, fraturas”.
Na alimentação, invista em alimentos ricos em cálcio e vitamina D: leite, queijo, iogurte, sardinha e vegetais são boas opções para incluir na dieta. “A exposição ao sol é importante. Pelo menos 15 minutos diariamente já são suficientes, principalmente na região do tronco, pernas e rosto, sem protetor solar”, indica. Por fim, é extremamente importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarro. Assim é possível driblar os efeitos da doença e garantir mais qualidade de vida.
José Antonio Zelaquett é ginecologista e obstetra, atendendo em sua clínica no Rio de Janeiro. CRM: 668621 – RJ