A asma é uma doença que se manifesta por estímulos, ou seja, o paciente com potencial para desenvolvê-la manifestará os sintomas quando entrar em contato com agentes ou condições adversas. Portanto, há épocas no ano em que esses agentes são mais presentes e outras em que são menos. Isso pode acabar influenciando o tratamento, que é feito com corticoides e broncodilatadores, ambos administrados por via inalatória, para garantir maior eficácia e rapidez do efeito, diretamente nas vias respiratórias.
Períodos mais complicados para quem tem asma
“O tratamento da asma não muda durante o ano, porém há pacientes que no período do verão não precisam tanto tomar medicamentos quanto no inverno, por exemplo. Isso porque existem pessoas que têm mais crises de asma nos períodos mais frios e ficam melhores durante o verão”, explica o pneumologista José Eduardo Martinelli.
O especialista cita também o período de polinização, tendo em vista que o pólen é um dos agentes alergênicos mais importantes, inclusive no contexto da asma. “A época da polinização é a que mais afeta os pacientes asmáticos. Na Europa essa época é bem marcada. No Brasil, não temos esse fenômeno tão intenso”, informa. Naturalmente, neste período o uso do medicamento e o tratamento como um todo também se tornam ainda mais importantes.
Tratamento da asma deve ser constante
Por mais que em alguns momentos o quadro de asma fique menos intenso, sem crises, o tratamento da asma não pode parar pois trata-se de uma doença crônica, que não tem cura e que exige cuidados por toda a vida. Além disso, abandonar o tratamento abre margem para que os sintomas voltem. O tratamento constante, portanto, também é uma forma de manter a evolução já obtida.
Nos períodos do ano em que as crises de asma forem mais intensas e frequentes, é fundamental que o médico verifique a dosagem dos medicamentos, geralmente corticoides, que são usados no controle da doença. Os broncodilatadores também são exemplos importantes de remédios capazes de facilitar a respiração do asmático, visto que ajudam a “abrir” as vias aéreas em situações de crise.
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