Todos os meses, as mulheres em idade reprodutiva sentem dores que surgem da região abaixo do abdômen e que podem se espalhar pela barriga. São as cólicas menstruais, chamadas pelos médicos de dismenorreia, que fazem parte do ciclo menstrual. O incômodo, geralmente, é leve, mas algumas mulheres podem sentir pontadas mais fortes.
Cólica menstrual é resultado da contração do útero
“A dismenorreia pode irradiar para as costas e membros inferiores e é causada pelo aumento da liberação de prostaglandinas, que são responsáveis por promover as contrações uterinas”, afirma a ginecologista e obstetra Elisabete Pinheiro. As contrações têm como objetivo expulsar o endométrio de dentro do útero, na forma de menstruação.
Segundo a profissional, as cólicas menstruais podem ser divididas em duas categorias: “A dismenorreia primária não está associada a nenhuma doença ginecológica e a dismenorreia secundária está associada a doenças, tais como miomas, infecções, endometriose e tumorações pélvicas”. O segundo tipo costuma durar mais tempo que o primeiro.
É possível aliviar as cólicas menstruais?
A dismenorreia primária costuma ser mais comum entre as adolescentes e diminuir a partir da idade adulta. Algumas mulheres sentem mais dores que outras porque a contração do útero provoca também a contração dos vasos sanguíneos e dos nervos, diminuindo o fluxo de sangue na área e aumentando a intensidade das cólicas.
O fato da cólica menstrual fazer parte da vida da mulher não significa que o sintoma não possa ser reduzido. Para isso, podem ser utilizados anti-inflamatórios não esteroides e medidas não medicamentosas. “Exercícios físicos, ingestão de líquidos, bolsa de água morna da região pélvica e dieta pobre em gorduras e rica em fibras são importantes para amenizar a queixa”, cita Elisabete. Em caso de dor intensa, não deixe de procurar um médico.
Dra. Elisabete de Souza Pinheiro é ginecologista e obstetra e atende no Rio de Janeiro. CRM-RJ: 52730599 – www.facebook.com/draelisabetepinheiro
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