Demência é o nome dado pelos médicos e profissionais da área de saúde a um conjunto de doenças. É um conceito guarda-chuva, que abriga uma série de doenças que provocam a perda de capacidades cognitivas, como a memória, e consequentemente, de funcionalidade. O mal de Alzheimer é o principal exemplo de demência, mas existem outros.
Outros tipos de demência podem afetar a memória
“Hoje, devido a mudanças recentes na nomenclatura, temos uma fase pré-demencial da doença de Alzheimer e isso confunde até mesmo os médicos na explicação”, afirma o geriatra Leandro Minozzo. Ele busca esclarecer a confusão com uma frase antiga: “todo Alzheimer como conhecemos é um tipo de demência, mas nem toda demência é Alzheimer”.
A perda da memória, por exemplo, é uma das principais características do Alzheimer, mas existem outros problemas capazes de provocar o sintoma. Depressão, uso inapropriado de medicação, acúmulo de líquido no sistema nervoso, alterações na tireoide e outras demências, como a causada por pequenos ou grandes infartos cerebrais, também podem prejudicar a memória.
Receber o diagnóstico de Alzheimer é difícil para a família
A diferenciação entre o Alzheimer e outros tipos de demência é feita analisando como a doença se desenvolve, como explica o profissional: “Ela costuma iniciar de forma sutil, com perda de memória recente. Os exames de imagem, em especial a ressonância magnética, auxiliam na diferenciação”. No entanto, segundo o médico, dizer à família que um parente tem Alzheimer não é uma tarefa fácil.
“Como disse, o principal tipo de demência é a causada pela doença de Alzheimer. Há médicos que têm um receio, um verdadeiro medo mesmo, de dizer que o paciente tem Alzheimer. A gente sabe que é algo pesado para a família. Atendo muitos pacientes que usam medicação para demência e cujas famílias não sabem que o quadro é Alzheimer”, destaca Minozzo.
Foto: Shutterstock
