“Herpes tem cura”? Por ser uma doença comum e muito incômoda, essa é uma das principais dúvidas dos pacientes. A cura do quadro ainda não é possível, mas o tratamento para herpes é capaz de reduzir a frequência e a intensidade das crises. “Isso acontece porque o vírus tem afinidade por nossas terminações nervosas, e ali fica ‘adormecido’ entre uma crise e outra”, explica a dermatologista Karina Lopes.
Tratamento para herpes
Existem várias opções de remédio para herpes e, nesse sentido, vale destacar aqueles à base de lisina, um aminoácido capaz de reduzir a replicação do vírus, diminuindo tanto a frequência quanto a intensidade das crises, reduzindo a duração das vesículas (“bolhas de água”). As medicações ajudam ainda diminuir o risco de transmissão do vírus.
Os antivirais por via oral (comprimidos) são, segundo Karina, os mais indicados para o tratamento da doença, visto que os estudos demonstraram pouca eficácia das medicações de uso tópico em reduzir o período de evolução da crise de herpes. “O ideal é começar o tratamento o mais cedo possível, antes do surgimento das lesões, caso o paciente sinta sintomas locais de ardor, coceira ou dor. Com esse cuidado se torna até mesmo possível abortar o surgimento das lesões”.
Fatores de risco para herpes e cuidados importantes
Em geral, as crises de herpes são desencadeadas por variações na imunidade dos indivíduos, que pode estar ligada a fatores como exposição solar, estresse psicológico ou físico, infecções ou doenças em curso, período pré-menstrual, dentre outros fatores. “Por isso, recomenda-se evitar esses desencadeantes e proteger-se adequadamente do sol, na tentativa de reduzir o grau de recorrência das lesões”.
Também é de extrema importância no tratamento das crises de herpes ter cuidados gerais de higiene para evitar infecção secundária por bactérias, além de evitar contato direto das lesões com outras pessoas. Vale ressaltar que a doença pode não voltar em alguns indivíduos, mas não há como prever quando ou se isso vai acontecer. “Mesmo assim, não dá para considerar isso uma cura, pois sabemos que o vírus permanece alojado nas terminações nervosas, mesmo que não cause lesões visíveis clinicamente”.
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