O cigarro é considerado um dos maiores inimigos à saúde humana. Entre os problemas causados pelo hábito de fumar estão danos no trato gastrointestinal. “Ao tragar o cigarro puxamos ar para os pulmões, mas também para o estômago e intestino, aumentando em muito os gases intestinais. Além disso, o tabaco irrita todo o aparelho digestivo aumentando o incômodo provocado pelos gases”, afirma o gastroenterologista Quelson Coelho Lisboa.
Cigarro também causa câncer e enfisema pulmonar
Porém, o aumento da produção de gases não é o único problema causado pelo hábito de fumar no aparelho digestivo. “Já foi confirmado que o cigarro causa câncer de boca, esôfago, estômago e pâncreas. Acredita-se ainda que pode aumentar a chance de câncer de fígado, cólon e reto”, explica o especialista.
As consequências do fumo não param por aí. O cigarro pode gerar complicações, como bronquite crônica, enfisema pulmonar e vários tipos de câncer, como de pulmão e leucemia, além de agredir o sistema cardiovascular e aumentar as chances de ter hipertensão, infarto e AVC. O resultado é um número considerável: 200 mil brasileiros vão a óbito a cada ano, segundo o Ministério da Saúde.
Solução para o excesso de gases é abandonar o cigarro
Além disso, o tabagismo pode piorar várias doenças digestivas, como a doença do refluxo, úlceras gástricas, pedra na vesícula, pancreatite, pólipos no cólon e Doença de Crohn. A solução para evitá-las é abandonar o vício: “Não se conhece um limite seguro para o tabagismo em relação às doenças do aparelho digestivo, então, a única medida eficaz para minimizar os impactos é realmente parar de fumar”.
Se a produção de gases não voltar ao normal depois de parar de fumar, é importante considerar outras causas para a flatulência excessiva. A alimentação é uma das principais. Ingredientes como feijão, lentilha, ervilha, brócolis e leite favorecem a produção de gases. Mas, gastroenterite, cirurgias, síndrome do intestino irritável e crescimento de bactérias também estão entre as possíveis causas.
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