A síndrome do intestino irritável é um distúrbio digestivo e caracterizado por alterações motoras e sensitivas do intestino, ligadas ao sistema nervoso central. Por se tratar de um distúrbio funcional, a gastroenterologista Caroline Camargo afirma que o problema não é frequentemente observado em exames laboratoriais, radiografias nem em endoscopias.
Síndrome do intestino irritável provoca dor e diarreia
A síndrome altera as contrações dos músculos que revestem o intestino, que podem ser mais fracas ou mais fortes, além de aumentar sua duração, interferindo na digestão do alimento. “O principal sintoma da síndrome do intestino irritável é a dor abdominal crônica e recorrente, associada à alteração do hábito intestinal, podendo ter padrão de diarreia ou de constipação”, aponta a médica. Outro sintoma do problema é o aumento da flatulência.
A síndrome do intestino irritável é uma doença cujas causas ainda não foram totalmente esclarecidas. “Entretanto, admite-se que o distúrbio tenha um caráter multifatorial, consequente a anormalidades do eixo cérebro-intestino, como hipersensibilidade visceral, alteração da microbiota intestinal, fatores psicossociais e imunológicos”, explica Caroline. Alguns alimentos, como feijão, leite, chocolate e especiarias, também costumam estar envolvidos no surgimento de sintomas da síndrome.
Mudanças na alimentação ajudam a tratar a síndrome do intestino irritável
Segundo a profissional, o controle da síndrome do intestino irritável começa com um bom relacionamento entre o médico e o paciente. O especialista deve tranquilizar seu paciente em relação ao caráter benigno da doença. O tratamento da síndrome envolve uma série de medidas que visam aliviar os sintomas e, assim, reduzir o desconforto.
“O tratamento da síndrome é realizado por meio de medicamentos, utilizados nos períodos sintomáticos da doença, visando corrigir alterações da motricidade intestinal e hipersensibilidade visceral, além de probióticos e psicoterapia”, destaca a gastroenterologista. Alguns alimentos que podem desencadear ou contribuir para o surgimento dos sintomas também devem ser evitados.
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