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Não tratar a puberdade precoce pode resultar em complicações graves?

Saúde Infantil

Por Dra. Fernanda André

4 de novembro de 2023

A puberdade precoce consiste no aparecimento das características sexuais antes do normal, quando o indivíduo ainda é uma criança pequena. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, os sintomas surgem antes dos oito anos de idade nas meninas e antes dos nove nos meninos. Não tratar esta condição específica pode trazer complicações graves, que comprometem a qualidade da vida em suas fases seguintes.  

Complicações decorrentes da puberdade precoce


“A puberdade precoce
pode levar a transtornos de comportamento, psicológicos e maior risco de abuso sexual. Pode comprometer a estatura adulta, além de aumentar o risco de cânceres, como mama e ovário, devido à exposição precoce ao estrogênio”, informa a endocrinologista pediatra Fernanda André. 

Ainda segundo a especialista, o paciente corre também um maior risco de sofrer com problemas como obesidade, pressão alta, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Sendo assim, é fundamental buscar um médico especialista assim que os primeiros sintomas de puberdade precoce forem notados para, caso preciso, iniciar o tratamento cedo, com maiores chances de recuperação. 

Métodos de tratamento


O tratamento contra a puberdade precoce varia de acordo com a causa, mas de modo geral, quando o problema é central (origem no sistema nervoso central), o método indicado consiste na aplicação de medicação injetável. Normalmente, a aplicação é feita mensalmente. Quando a origem do problema é diferente (periférica), o tratamento vai de acordo com a causa específica (hipotireoidismo, exposição exógena a esteróides sexuais, etc.).

Com relação à medicação injetável, mais especificamente, vale ressaltar que sua ação consiste em bloquear o estimulo à secreção dos hormônios sexuais que causam esse quadro de puberdade precoce. Em média, os resultados positivos da ação do remédio começam a aparecer na avaliação clínica e nos exames de sangue realizados três meses após o início da aplicação.  

 

Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria:

 

https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/desenvolvimento/puberdade-precoce/

 

Foto: Shutterstock

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Estrogênio
puberdade precoce
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