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Dra. Fernanda André

Endocrinologia,Pediatria

Biografia

Dra. Fernanda André é mestre em Endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tem título de especialista em Pediatria e em Endocrinologia Pediátrica pela Associação Médica Brasileira (AMB) e é especializada em Endocrinologia Pediátrica pelo Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) do Centro de Ciências da Saúde da UFRJ. Também é membro participante do departamento científico de endocrinologia pediátrica da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria).

Artigos

Não tratar a puberdade precoce pode resultar em complicações graves?

A puberdade precoce consiste no aparecimento das características sexuais antes do normal, quando o indivíduo ainda é uma criança pequena. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, os sintomas surgem antes dos oito anos de idade nas meninas e antes dos nove nos meninos. Não tratar esta condição específica pode trazer complicações graves, que comprometem a qualidade da vida em suas fases seguintes.   Complicações decorrentes da puberdade precoce “A puberdade precoce pode levar a transtornos de comportamento, psicológicos e maior risco de abuso sexual. Pode comprometer a estatura adulta, além de aumentar o risco de cânceres, como mama e ovário, devido à exposição precoce ao estrogênio”, informa a endocrinologista pediatra Fernanda André.  Ainda segundo a especialista, o paciente corre também um maior risco de sofrer com problemas como obesidade, pressão alta, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Sendo assim, é fundamental buscar um médico especialista assim que os primeiros sintomas de puberdade precoce forem notados para, caso preciso, iniciar o tratamento cedo, com maiores chances de recuperação.  Métodos de tratamento O tratamento contra a puberdade precoce varia de acordo com a causa, mas de modo geral, quando o problema é central (origem no sistema nervoso central), o método indicado consiste na aplicação de medicação injetável. Normalmente, a aplicação é feita mensalmente. Quando a origem do problema é diferente (periférica), o tratamento vai de acordo com a causa específica (hipotireoidismo, exposição exógena a esteróides sexuais, etc.). Com relação à medicação injetável, mais especificamente, vale ressaltar que sua ação consiste em bloquear o estimulo à secreção dos hormônios sexuais que causam esse quadro de puberdade precoce. Em média, os resultados positivos da ação do remédio começam a aparecer na avaliação clínica e nos exames de sangue realizados três meses após o início da aplicação.     Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria:   https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/desenvolvimento/puberdade-precoce/   Foto: Shutterstock

O tratamento da puberdade precoce muda de acordo com o sexo?

A puberdade é uma fase de transição da infância para a adolescência e ocorre a partir dos 8 anos nas meninas e a partir dos 9 anos nos meninos. Se com essa idade as mudanças corporais promovidas pelos hormônios já são complexas, imagine quando elas surgem alguns anos antes do ideal. Esse fenômeno recebe o nome de puberdade precoce e acontece quando o amadurecimento sexual do corpo atinge as meninas com menos de 8 anos e os meninos antes dos 9 anos. Essa condição deve ser tratada para evitar prejuízos à saúde. Mas, será que o sexo interfere no tratamento? Confira!  Causas de puberdade precoce mais comuns em meninos e meninas As causas mais comuns de puberdade precoce são diferentes para cada gênero, como esclarece a endocrinologista e pediatra Fernanda André. Segundo a médica, os casos em meninas têm mais causas idiopáticas, ou seja, de razão desconhecida: “Na puberdade precoce central, há ativação de um eixo chamado hipotálamo-hipófise-gonadal. Ela pode ser orgânica, de causa genética ou idiopática. Em meninas, a puberdade precoce central é, na maioria das vezes, idiopática, mas nos meninos há lesão orgânica em cerca de 50% dos casos”. O tratamento não costuma variar de acordo com o sexo da criança afetada, mas sim com a causa por trás do desenvolvimento da puberdade precoce. “Na puberdade precoce central, o tratamento consiste em injeções de um hormônio que regride a puberdade e que é aplicado por via intramuscular a cada 28 dias ou por aplicação trimestral”, informa a especialista.  Já se a condição for fruto de uma lesão, o tratamento é um pouco mais complexo. “O tratamento cirúrgico dos tumores de sistema nervoso central, quando estes são a causa da puberdade precoce, deve ser particularizado e o seguimento deve ser com endocrinopediatra em conjunto com o neurocirurgião”, explica Dra. Fernanda.  O tratamento da puberdade precoce é sempre necessário? No entanto, a necessidade de fazer ou não o tratamento é influenciada pelo sexo. “Especialistas informam que a decisão de começar o tratamento em meninas que iniciaram a puberdade após os 6 anos deve ser individualizada. Por outro lado, o consenso orienta o tratamento para todos os meninos com puberdade precoce progressiva iniciada antes dos 9 anos de idade que apresentem comprometimento no potencial de crescimento”, afirma a endocrinologista e pediatra.  Foto: Shutterstock

Quais as principais causas da puberdade precoce?

A puberdade precoce acontece devido a um aumento antecipado dos hormônios sexuais no sangue, tanto em meninas quanto nos meninos. Esta situação atípica pode ocorrer pela influência de alguns fatores, mas também pode se manifestar sem que nenhuma causa evidente seja encontrada (neste caso, o quadro é denominado idiopático). Causas e fatores para puberdade precoce “Algumas das causas da puberdade precoce são: exposição da criança a algum hormônio (via medicamentos, por exemplo); as glândulas dos pequenos (ex: hipófise, ovários nas meninas e testículos nos meninos), passam a produzir, por algum motivo, os hormônios sexuais precocemente”, informa a endocrinologista pediatra Fernanda André.  Segundo a especialista, alguns fatores influenciam o início da puberdade, de modo geral, tais como fatores genéticos, psicológicos e ambientais (como nutrição e estado de saúde). Já no caso específico da puberdade precoce, os fatores de risco principais envolvidos são: meninas cujas mães menstruaram com menor idade; casos de puberdade precoce na família; meninas que apresentaram obesidade na infância e que tiveram baixo peso ao nascer.  “É possível perceber uma antecipação em curso da puberdade, de modo geral, e uma das hipóteses para isso seria o contato dos pequenos com os chamados desreguladores endócrinos. Tratam-se de substâncias capazes de alterar o funcionamento do sistema endócrino-hormonal. Estão presentes nos plásticos e nos agrotóxicos. O bisfenol A (BPA), presente em vários plásticos e embalagens, é um exemplo de disruptor endócrino”, explica a médica.  Como evitar os sintomas da puberdade precoce? Tendo em vista tudo isso, atuar em cima dos fatores de risco citados, evitando-os, pode ajudar a evitar a ocorrência dos sintomas de puberdade precoce. “Cuidados como combater a obesidade na infância das meninas; observar se os plásticos que compramos para armazenar alimentos são livres de BPA; e ingerir alimentos livres de agrotóxicos podem ser medidas para evitar a antecipação da puberdade”, conclui a profissional.  Foto: Shutterstock

Síndrome de Turner tem tratamento? Saiba como funciona!

A síndrome de Turner é uma doença genética caracterizada por uma anormalidade nos cromossomos sexuais. O problema surge apenas em mulheres, provocando baixa estatura, atraso na puberdade, pescoço alado e uma deformidade no antebraço conhecida como cubitus valgus. Será que essa condição tem tratamento? Descubra! Síndrome de Turner pode ser tratada com reposição de hormônios Não há um tratamento específico para a condição genética. O tratamento é, na verdade, centrado nas manifestações clínicas da doença e, para isso, são adotadas diferentes estratégias durante o acompanhamento médico.  Entre as medidas disponíveis para o tratamento da síndrome de Turner estão intervenções cirúrgicas das malformações e terapia de reposição com hormônios do crescimento e estrogênio. O retardo do crescimento deve ser tratado o quanto antes, assim que a menina com síndrome de Turner apresentar uma altura abaixo do percentil 5 da curva de crescimento de meninas sem a síndrome. Por isso, é importante que a paciente seja acompanhada por um endocrinopediatra, que avaliará também se há atraso puberal e qual é o melhor momento para entrar com a reposição de estrogênio. “A paciente deve ser acompanhada por um endocrinologista para o tratamento da baixa estatura e, caso também ocorra, tratamento do atraso da puberdade. Os pais devem ser orientados sobre as complicações comuns da síndrome, como malformações cardíacas e renais, hipotireoidismo e déficit auditivo. Dessa forma, um acompanhamento com outras especialidades também pode ser necessário”, explica a endocrinologista pediátrica Fernanda André. Como é feito o diagnóstico? De acordo com a médica, em alguns casos, a doença pode manter-se praticamente assintomática. “Em algumas pacientes, apenas a baixa estatura é encontrada como sinal clínico com outros exames normais. Na suspeita de síndrome de Turner, o diagnóstico é comprovado por meio de um exame chamado cariótipo. O mais comum é o 45,X”, informa Dra. Fernanda. O exame é uma análise citogenética utilizada para verificar as possíveis alterações cromossômicas do código genético da paciente.  Foto: Shutterstock

A caminhada pode auxiliar no tratamento da osteoartrite nos joelhos em idosos?

O hormônio do crescimento, também conhecido como somatropina ou ainda pela sigla GH, é uma proteína produzida pelo corpo humano e indispensável ao desenvolvimento saudável. Níveis baixos desse hormônio ao longo da infância podem prejudicar o crescimento das crianças. Descubra quais são as consequências desse problema e veja como é possível evitá-las.  Falta de hormônio do crescimento pode causar nanismo “O hormônio do crescimento aumenta as proteínas de crescimento e promove o crescimento celular, levando ao aumento da velocidade de crescimento. Uma criança que tem deficiência de GH tem impactos no seu crescimento. Isso leva ao nanismo”, afirma a endocrinologista pediátrica Fernanda André.  “Além disso, a falta do GH aumenta a massa gorda, diminui a massa magra e aumenta a tendência à descalcificação dos ossos”, alerta a especialista. Isso significa dizer que o paciente que teve deficiência do hormônio do crescimento na infância, ao chegar à meia-idade, pode desenvolver . Outro problema causado pelo baixo nível de GH é o aumento do colesterol e dos triglicerídeos. É possível corrigir a falta do GH? Levar a criança ao consultório pediátrico periodicamente é muito importante para descobrir o crescimento abaixo do normal. A partir daí, o pequeno deverá ser encaminhado a um endocrinopediatra para avaliar se isso está sendo causado pela falta de hormônio do crescimento. Quanto antes for feito o diagnóstico, melhor será o resultado do tratamento, que envolve a reposição do hormônio e, em casos específicos, o combate ao problema que está por trás de sua baixa produção.  “A dose da medicação depende da causa e a resposta ao tratamento vai depender de quando o tratamento for iniciado, da causa e da disciplina diária. O tempo de tratamento vai depender da causa também. Na deficiência da produção, deve ser feito por todo período de crescimento e, às vezes, até na vida adulta”, explica Dra. Fernanda. Já quando a causa for desconhecida, a reposição pode ser feita por até dois anos ou até o corpo atingir sua velocidade de crescimento final.  Foto: Shutterstock

Quais são as consequências da falta de hormônio do crescimento em uma criança?

O hormônio do crescimento, também conhecido como somatropina ou ainda pela sigla GH, é uma proteína produzida pelo corpo humano e indispensável ao desenvolvimento saudável. Níveis baixos desse hormônio ao longo da infância podem prejudicar o crescimento das crianças. Descubra quais são as consequências desse problema e veja como é possível evitá-las.  Falta de hormônio do crescimento pode causar nanismo “O hormônio do crescimento aumenta as proteínas de crescimento e promove o crescimento celular, levando ao aumento da velocidade de crescimento. Uma criança que tem deficiência de GH tem impactos no seu crescimento. Isso leva ao nanismo”, afirma a endocrinologista pediátrica Fernanda André.  “Além disso, a falta do GH aumenta a massa gorda, diminui a massa magra e aumenta a tendência à descalcificação dos ossos”, alerta a especialista. Isso significa dizer que o paciente que teve deficiência do hormônio do crescimento na infância, ao chegar à meia-idade, pode desenvolver osteoporose. Outro problema causado pelo baixo nível de GH é o aumento do colesterol e dos triglicerídeos. É possível corrigir a falta do GH? Levar a criança ao consultório pediátrico periodicamente é muito importante para descobrir o crescimento abaixo do normal. A partir daí, o pequeno deverá ser encaminhado a um endocrinopediatra para avaliar se isso está sendo causado pela falta de hormônio do crescimento. Quanto antes for feito o diagnóstico, melhor será o resultado do tratamento, que envolve a reposição do hormônio e, em casos específicos, o combate ao problema que está por trás de sua baixa produção.  “A dose da medicação depende da causa e a resposta ao tratamento vai depender de quando o tratamento for iniciado, da causa e da disciplina diária. O tempo de tratamento vai depender da causa também. Na deficiência da produção, deve ser feito por todo período de crescimento e, às vezes, até na vida adulta”, explica Dra. Fernanda. Já quando a causa for desconhecida, a reposição pode ser feita por até dois anos ou até o corpo atingir sua velocidade de crescimento final.  Foto: Shutterstock

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